quinta-feira, julho 15, 2010

uns são filhos, outros enteados!

antes que faça dois meses que aqui escrevi pela última vez... aqui fica mais uma resma de pensamentos dispersos:

este blog, passa a ser escito (quando o for, efetivamente) de acordo com as regras do novo acordo ortográfico! um dia, (um)a (das) melhor(es) professora(s) que tive, na faculdade, disse-me (e ao resto da turma também) que "a Língua é um organismo vivo" (Ana Teresa Peixinho dixit). Ela explicou-me as questões da economia linguística (q justificam pq escrevems assim e td a gente entend) e mais. Fez com que eu percebesse que são os falantes que fazem uma língua e a maneira como ela evolui. Não é por isso que uso o acordo ortográfico. Mas é por isso que o aceito, sem nenhuma dificuldade. Uso-o porque no jornal onde trabalho ele é regra desde abril e eu gosto de escrever assim. É mais fácil!

Estou um bocadinho farta de fontes que são tão anónimas que nem a mim se mostram... Quer dizer, isto não são fontes!! São pessoas que gozam com a minha cara e no futuro ainda me hão de dizer que eu não fiz nada "enquanto pude". Se esta carapuça servir ao ignóbil a que me refiro, leia bem com atenção: o segredo profissional dos jornalistas é um direito consagrado na lei, previsto no estatuto do jornalista e no código deontológico. Proteger a identidade das fontes é fácil e nem um juíz a pode obrigar a revelar (em Portugal, entenda-se. noutros países dá cadeia). Mas para isso, adivinhe! O jornalista tem que conhecer e CONFIAR na fonte!! Antes de me dizer o que fazer "enquanto jornalista" vá ler as leis e os referidos estatutos para entender completamente a dimensão do que eu posso ou não, devo ou não, fazer. E mais, isso cabe a mim, à minha consciência, à minha ética profissional e à minha liberdade ponderar e decidir. E você não ajuda!! (E nunca mais me diga o que fazer, porque eu não lhe digo a si que direções seguir na execução da sua profissão! )

também estou um bocadito farta que as pessoas continuem a nutrir a ideia do "jornalista justiceiro"! mais, que me "ameacem" com isto: "se você não diz, eu chamo a TVI" (ou O Regional, como me disseram esta manhã)! Primeiro dá-me vontade de rir, porque, acima de tudo, estas pessoas sabem que eu trabalho para um órgão sério que não vende sangue, nem achincalha ninguém só porque os populares querem! mas depois dá-me vontade de lhes dar uma lição de boas práticas jornalísticas. EU REPORTO FACTOS, ANALISO OS MESMOS E DEIXO OS LEITORES CONCLUIREM O QUE QUISEREM!! não ando aqui para crucificar ninguém, muito menos quem ajuda os outros!! haja respeitinho pelo trabalho uns dos outros, pelo meu inclusivé! O jornalista-justiceiro mais não é do que um sanguinário a quem foi dado espaço de publicação! e eu de sangue, só gosto na cabidela!

só para terminar, tou fartinha, fartinha da falta de tato de algumas pessoas que me são demasiado próximas. Farta que achem que eu aguento tudo, que eu não me importo, que eu compreendo... as minhas bondade, tolerância e compreensão têm limites e esses são os limites do ego e da intimidade! Eu também tenho as minhas necessidades, mágoas e merdas afins, como é óbvio e fácil de entender. A menos que se esteja preocupado em remedear a merda que se fez ao longo de muito tempo! Há coisas que me custam (muito) e que não cabem na largueza da minha espalda, porra!!

preciso de férias e vou de interrail... alegria, nem tudo é mau!