quinta-feira, julho 14, 2011

diálogos quotidianos

dois momentos de rara beleza, hoje. note-se que a primeira C é colega de trabalho e a segunda C é colega de casa.

C - c'est très beau ton vernis. j'adore la couleur...
Lee - oh oui merci. c'est Chanel, c'est por ça que tu aime la couleur!
C - ah bon! mais tu est une fémme de menage très particulière
L - biensur. particulière, comme le vernis!

Lee - ainda te cheira a podre no frigorífico?
C - não. o que é que fizeste?
Lee - fechei a caixa do queijo e selei-a com fita-cola!

terça-feira, julho 05, 2011

yeeeaaaaahhh


finalmente consegui fazer com que a minha pequena varanda/terraço tenha um ar yogável!!! já posso estender o colchãozinho e ginasticar viradinha para a montanha!! urray urray urray
(está para breve um post sobre as coisas que os ricos deitam fora/deixam para trás)

segunda-feira, julho 04, 2011

choque cultural - Córsega take II (3 em 1)

Uma das primeiras coisas que reparei ao entrar em França foi que o gasóleo não estava muito mais caro do que em Portugal. Quando cheguei à Córsega, o litro valia 1,44 nas bombas caras e 1,39 numa barata que vi a caminho de nenhures. Até aqui, nada de choque. O que me saltou à vista foi a descida de preço entretanto. De um dia para o outro, o litro do gasóleo passou a custar 1,39 nas bombas caras! Eu cá não tenho memória de em Portugal ver o preço baixar cinco cêntimos num dia! já (quase) o contrário...

Sempre que mudo de país (até parece que é muito frequente...) as idas ao supermercado são verdadeiras aventuras. Mesmo quando estou apenas de passagem, gosto de ir às compras como as gentes locais. A primeira impressão foi que as coisas aqui não são tão mais caras do que em Portugal... os lácteos, tirando o leite, são mais baratos e a carne e o peixe são ela por ela. Ok, hoje paguei dois euros por três pêssegos. Nada de grave.
O que realmente me surpreendeu aqui num hipermercado foi encontrar bacalhau, seco e salgado, da Noruega!
nunca tinha visto à venda assim, fora de Portugal. e muito menos assim:

em bolinhos! apesar de serem redondos e terem ar de bolinhos de batata, são vendidos como bolinhos de bacalhau e não são caros (tipo 1,40€ se não em falha a memória. e o bacalhau inteiro 13€ e qualquer coisa o quilo)!
De facto, não sei se haverá outros sítios onde se venda bacalhau assim, mas acredito que, pelas mesmas razões, pelo menos no Luxemburgo e na Suíça deva vender-se. Um dia hei-de confirmar.
Obviamente que isto não se trata de um especial agrado aos portugueses. O supermercado está repleto de carne de borrego, arroz basmati, leite de cabra e tantos outros produtos importados que, graças às suas originais embalagens com inscrições em alfabetos não latinos mantém os franceses ao largo. Contudo, se isto não é uma forma de agradar aos trabalhadores emigrantes (ou receber bem, ou estar atentos às necessidades), eu cá não sei o que é... (a verdade é que com tanto eslavo a viver em Portugal, como é que eu nunca vi à venda num hipermercado smetana ou borsch ou pelmeni??)

E por falar em comida, na minha primeira pequena incursão turística, de que aqui já vos mostrei fotos, reparei na ausência de um Mc Donalds! Isto sim está em todo o sítio onde se vá. É impossível fazer turismo sem ter um Mac Do no meio do centro mais centro desse sítio turístico. Recordo Tallinn e o seu Mac numa das portas da cidade velha (Viru), passagem obrigatória... e Moscovo, onde felizmente, em cada esquina havia um destes, com as melhores, mais limpas e grátis (and overall no questions asked) casas de banho da cidade! Mas aqui ainda não vi! Noutro dia, em conversa com um português (note-se que a indicação da nacionalidade do sujeito só serve para lhe retirar alguma credibilidade), comentei que achava caricato não haver um Mc Donalds visível. Ele respondeu-me que, "en fait, não há Mc Donalds na Córsega. Já tentaram abrir, mas os corsos correm com eles à bomba". Disse o português que houve pelo menos duas tentativas de abrir uma casa do tio americano aqui na ilha, as duas frustradas com ataques bombistas... não, não morreu ninguém, mas se abrisse, aí é que havia de haver mortos e feridos! eu cá como não conheço nenhum corso, não leio corso e na rádio não se fala nisso, não tenho como confirmar (mas já pesquisei, sem sucesso). mas gostei imenso da ideia, confesso... tem que querer dizer muito desta ilha se de facto não existir aqui um Mc Donalds...