sexta-feira, junho 27, 2008

"Local journalism is the future" by Vera Alves

transcrevo aqui o texto de uma amiga, jornalista e blogger, companheira de estágio na lusa, também ela viajante e dona de um sentido de humor mt castiço.

"i always thought that internet and globalisation will eventually empower local media. it’s easy to get the latest about the major events on the other side of the world but the easiest it is to access that information, the bigger it is the need for people to get information about their own community (and this doesn’t only apply to a certain geographic area, but rather to any group that shares a certain set of rules or values - and that kind of specialisation is where bigger media, like national newspapers, have a problem).

focusing on the geographic sense of the word ‘community’, i believe that local/regional/suburban newspaper are the ones that will survive for longer. because those local news can’t be find online - at least not yet. but even those newspapers understand the importance of taking the step into online media.

a good example is the newspaper i worked for in portugal before coming to nz: it’s a weekly regional newspaper that’s putting a lot of effort into its online content - the website is updated three times a day and all journalists (and we all know how small newsrooms are in regional newspapers) must contribute daily for the website. also, about a year ago, the newspaper decided to go one step further and start its own online television (without increasing the number of journalists, i must say). so far, it’s been quite successful and it’s fair to say that the online tv was a good move and should set an example for other local media - if you want to survive, you better embrace web 2.0.

the closeness to the community is another advantage that local newspapers have over national and international media. not only do they talk about the issues that matter to people but their offices are generally closer to the readers. and this isn’t just a minor detail. it wasn’t rare for me to have a reader coming in the newsroom just to say hello or give his 2 cents about an article - that relationship between the news producer and the news consumer is vital. the consumer (feels more like he) is a part of the proccess. that can be compared to what makes social media networks so successful - interaction - and that explains why newspapers’ websites have started allowing comments like bloggers were already doing - they realised that the readers didn’t want to be at the end of the chain and just receive the message in a passive way - they wanted to see their opinions taken into consideration.

what got me back to this subject was reading about the huffington post taking on local newspapers. that’s another very smart move and i have no doubts that it will be successful."

mais coisas muito giras e fofas de ser lerem aqui

quinta-feira, junho 26, 2008

Entrevista a Manel Cruz (Ornatos Violeta)

Aqui fica a introdução à entrevista, de duas páginas, com Manel Cruz, publicada no LABOR de hoje. Sim, esse mesmo! O Manel Cruz dos Ornatos, Pluto, Supernada, a voz de "A casa" dos Da Weasel e de tantos outros projectos... é um homem desta terra e merece todo o destaque no jornal.
Quem me conhece, pode, facilmente, imaginar a alegria de me ver concedida tal entrevista. Fiquei meia em extâse quando acabou. É incrível puder entrevistar as pessoas que nos fazem sonhar e cantar...
Para quem não me conhece imaginem que de repente vos dão uma hora com um dos vossos músicos preferidos...

Imprensa Local - IV (sim, a do José Mário Branco fez III)
Imprensa nacional - 0



"O Bandido é um somatório de muitos discos"
A primeira edição do primeiro disco a solo esgotou em duas semanas, sem publicidade. “Foge Foge Bandido” é a suma de anos de trabalho, de colaborações e individualismos. Manel Cruz ficou conhecido como vocalista dos Ornatos Violeta, mas é a solo que se sente melhor.
Nasceu em S. João da Madeira, terra à qual mantém uma ligação afectiva. Como a que mantém com as músicas que coleccionou para fazer este obra. São 80 músicas e 140 páginas de letras e ilustrações que revelam a simplicidade do homem e a complexidade do artista. A segunda edição de “Foge Foge Bandido” está agendada para Julho e terá, no máximo, 3000 exemplares. Não é uma edição de coleccionador, mas para ouvintes e leitores interessados.
O LABOR foi ao encontro do músico, letrista, artista plástico que já tem novas músicas e algumas perspectivas de concertos. Quem sabe, um na terra que o viu nascer..."

Para fãs, interessados, ornatados, loucos, descrentes, amantes ou ignorantes, aqui está a entrevista completa. bem merece uma leitura (apesar do tamanho)

mais umas fotos a trabalho







os Da Weasel tocaram em S. João da Madeira, no encerramento das festas da cidade. Mais info e fotos aqui e aqui

quarta-feira, junho 25, 2008

Não há força que detenha a Miss Lee

O texto que passo a transcrever (e que é da minha autoria "jornalística") rendeu-me um e-mail, elogioso, do senhor José Mário Branco. É seu intuito reproduzi-lo no jornal MUDAR DE VIDA. Foi com surpresa, espanto e algum orgulho que li e respondi ao e-mail. Ainda estou meia babada! aqui fica o registo


A greve feita por mulheres, na chapelaria, em 76
“Trabalho igual, salário igual”

No terceiro aniversário do Museu da Chapelaria celebram-se também os 32 anos de uma greve muito especial. “Trabalho igual, salário igual” foi o mote que levou as mulheres a fecharem a Empresa Industrial de Chapelaria durante dois dias.

A história foi contada ao LABOR por Deolinda Silva, 54 anos, antiga chapeleira. Tinha 22 anos quando, grávida de oito meses, liderou a revolta das mulheres mais jovens da fábrica. A Pequena, como era conhecida na altura, por empregados e patrões, conta a história das mulheres que queriam ganhar tanto como os homens.

Desde os 10 anos que Pequena trabalhava na costura, no acabamento. Conta que, nessa altura, “só mulheres trabalhavam no acabamento”, onde ganhavam 1900 escudos. Os homens, que trabalhavam em todas as outras secções de produção, algumas áreas pesadas e perigosas, ganhavam 2800 escudos.

Nas décadas de 60 e 70 “havia muito trabalho para a América, mas sem acabamento”, lembra Deolinda. “O trabalho na costura começou a fracassar”, então, no final da década de 60, início da década de 70, o administrador da fábrica “foi buscar as mulheres mais novas para fazer serviços de homem”. Ou seja, jovens como Deolinda, passaram da costura ou do acabamento, onde trabalhavam sentadas a colocar forros e fitas nos chapéus, para secções onde tinham que mexer em líquidos ferventes ou químicos e operar máquinas pesadas. “Era um trabalho mais porco, mais pesado”. No entanto, as mulheres a trabalharem nas secções da fula ou da afinação não ganhavam como os homens dessas secções, mas sim como as mulheres do acabamento. “A empresa tinha lucro com isto porque produzíamos o mesmo e recebíamos menos” explica Deolinda.

“Fomos pedir a diferença ao patrão, mas ele não nos dava porque éramos mulheres”, lembra.

Durante três meses as mulheres continuaram a trabalhar tanto como os homens, a receberem menos 900 escudos por mês. “Para o mês que vem é que é. Trabalho igual, salário igual”, pensavam.

Em Junho de 76, andava a Pequena grávida do filho que para o mês que vem celebra 32 anos, quando as mulheres da fábrica decidiram apertar com o administrador, três meses após a primeira abordagem. “Eu ia à frente, que assim ninguém nos fazia nada”, lembra. “Fomos ter com o senhor Ricardo e pedimos: trabalho igual, salário igual!” conta. “Senta-te Pequena”, foi a resposta que obtiveram do administrador da fábrica.

Durante quase dois dias as mulheres da Empresa Industrial de Chapelaria que não estavam no acabamento, não trabalharam, não produziram, pararam o normal funcionamento da fábrica. Fizeram greve. As mulheres reclamavam o direito que tinham a ser remuneradas da mesma maneira que os homens. A ambos eram impostas as mesmas cotas de produção (cerca de 30 chapéus por dia), o mesmo horário de trabalho e a mesma ausência de subsídio de alimentação.

“Não chegou a dois dias a greve. Foi o suficiente” para o patrão ceder às reivindicações das mulheres da fábrica. “As da costura nunca ganharam o mesmo”, refere Diolinda. Todas as outras, passariam a ganhar tanto como os homens, a quem não seriam diminuídos os salários. “Sem esta greve nunca teríamos os mesmos salários”, afirma peremptória. Passaram a ganhar 2800 escudos, menos de 15 euros actuais. “Ainda hoje é assim na Fepsa”, afirma Deolinda, referindo-se à igualdade de salários no desempenho das mesmas funções. “Fomos nós que abrimos esse caminho”. É Pequena quem fala, orgulhosa.

Depois desta greve, as reivindicações dos operários ganharam força e estes conquistaram ainda o direito ao subsídio de alimentação. “Começámos a puxar, a puxar e lá conseguimos” diz Pequena, relembrando as lutas.


“A chapelaria era uma miséria”

A citação é de Deolinda Silva, referindo-se às condições de trabalho e às diferenças salariais. O LABOR foi à procura de documentação histórica que sustentasse a opinião de Deolinda Silva. Mas para além da memória da operária nada parece ter restado. No arquivo de “O Regional”, de 8 de Maio de 1976, “Os chapeleiros em greve” é o título de uma notícia de primeira página. É referido que “os trabalhadores da indústria de chapelaria entraram em greve no dia 14 de Abril, com base em razões de ordem salarial”. Essa greve parece ter atingido as indústrias do pêlo e da lã e todos os fabricantes. Na edição do Primeiro de Janeiro, de 16 de Maio de 1976, um artigo intitulado “Surto grevista pode surgir” dá conta da dimensão da greve. Fala-se numa “manifestação convocada pelos operários chapeleiros de S. João da Madeira e que se encontram paralisados há mais de um mês”. O facto mais impressionante é descrito como um “sinal de aderência” à paralisação, em que “cerca de quatro mil pessoas oriundas do operariado e não só, apoiaram nas ruas da vila a luta dos trabalhadores chapeleiros, engrossando a manifestação”. Parece não existir registo visual ou documental desta manifestação.

“O Regional” de 22 de Maio do mesmo ano anuncia o final da greve dos chapeleiros, “por decisão dos trabalhadores”. Não ficam, no entanto, a serem conhecidas as consequências da greve, os prejuízos, nem o que lucraram os trabalhadores com isso.

Ao que tudo indica, foi nesta onda de luta por melhores condições de trabalho que as mulheres paralisaram a Empresa Industrial de Chapelaria pouco tempo depois.


Pequena, no seu posto de afinação do chapéu, onde trabalhou durante anos

terça-feira, junho 24, 2008

de volta...

domingo, junho 15, 2008

Carlos Barreto no LABOR




aí fica o pdf do jornal transformado em jpg para puder ser visto... não sei se dará para ser lido... mas, acho que se clicarem na imagem ela fica grande o suficiente para ser lida. mas, quem precisar de uma lupa que me contactem. repito: O melhor concerto do ano! ex-quo com a Miss Leslie FEIST

sexta-feira, junho 13, 2008

120 Pessoas


parabens aos portugueses por não esquecerem
espero que o estado português se chegue à frente e compre tudo o que houver para comprar do espólio conhecido ou não conhecido de Pessoa. E espero que seja para beve a disponibilização online desse espólio.
Parabens Fernando!

esta cabeça está no balcão do Museu da Chapelaria, em São João da Madeira!

quarta-feira, junho 11, 2008

Feist no Porto

vejam vejam aqui o que perderam ontem a noite... mais um concerto brutalíssimo... porque it could begin and end in one evening!
já não me lembrava de ver alguém a interagir tanto com o público como a dona Leslie. Amei!

abençoada Ryan Air II

Ryanair: voos grátis do Porto

Até amanhã (à partida...), a Ryanair está em campanha de voos grátis por toda a Europa, Porto incluído. Há voos grátis da Invicta para Barcelona (Girona), Madrid e Valência, Marselha (Marseille Provence MP2) e Milão (Bérgamo - Orio al Serio). Os voos devem realizar-se entre 1 de Outubro e 31 de Janeiro (têm que ser voos depois das 12h às segundas, durante todo o dia às terças e até às 12h às quartas). Há outras condições e períodos excluídos a confirmar no site.

Os restantes voos do Porto e todos os voos de Faro estão marcados a €29,53, incluíndo os novos voos Porto - Birmingham (estreia dia 20) e Faro - Glasgow (a partir de Outubro).

esta informação está aqui

sexta-feira, junho 06, 2008

semana das artes

mais fotos a trabalho

"As Artes dão cor à Serafim Leite"

instalação/performance de alunos de artes e de design, na secundária onde eu andei (numa das...)

quinta-feira, junho 05, 2008

só porque sim, ou São Petersburgo I

nem é tarde nem é cedo de postar as fotos da viagem que ocorreu há mais de um ano atrás. São Petersburgo, Russia - Abril de 2007

À chegada a São Petersbugo, às 7 da manhã, pique nique na rua... os freaks abastecem-se em moscovo para tomar o pequeno almoço à chegada à terra do imperador Pedro! após viagem de 8 horas num comboio com umas camas mal cheirosas e muito nepaleses e mongóis a bordo... além disso, no compartimento, aberto, onde eu ia os outros três ocupantes ressonavam que nem porcos!! e eram meus amigos...

tal como em moscovo, para chegar até ao metro é preciso descer metros e metros. Esqueçam a estação da Baixa Chiado... as descidas para o metro eram tais que nós nos sentavamos nas escadas, a descer, uns bons minutos. de baixo pa cima temos: Kêlig (fr), Christian (it), Georgios (gr), Aude (fr), Miss Lee (pt), Laura e Barbara (2xAl).

símbolo da cidade, a catederal Kazan, na Alexander Nevsky Prospekt (ou avenida)
o blogger não dá mais por hoje...nem eu!
próxima avetura: manter uma barraca de comida aberta, durante 5 dias, na "Cidade no Jardim" ou feira das associações de São João da Madeira! para mais informações é favor ler o LABOR e este blog!! ;)