quinta-feira, dezembro 29, 2011

montada num aedardun mágico, qual tapete, eu chego à Islândia

ainda acerca das palavras com dupla acentuação, esta manhã encontrei num dos blogs que sigo (de uma excelentíssima jornalista da nossa praça e que se farta de bater em tudo e em todos) o que pensei que seria mais uma descoberta. "Édredão", vi escrito. e a estranheza que me causou, o dicionário confirmou. não é assim que se escreve, obviamente!! é "Edredão". mas há sempre mais qualquer coisinha para descobrir acerca das palavras. e desta descobri que é de origem islandesa! oh yeah!! de acordo com a porto editora "edredão" vem do islandês "aedardun" que significa "penugem de êider". Êider é um pássaro, tipo pato, que nidifica nas costas escandinavas, que a Porto Editora diz que é tipo um "papagaio-do-mar". Depois encontrei várias derivações "édredon", em francês, e "eider-down", em inglês... e depois perdi-me!
eu quero é ir à Islândia. não para comprar um edredão, que eu já tenho um made in Estonia (Ikea)!! mas quero e vou e ha de ser em 2012, so help me God!! e eu gosto de quando estes pequenos sinais me aparecem assim, como quem não quer a coisa...

quarta-feira, dezembro 28, 2011

pequenos nadas

Hoje, quero partilhar convosco dois pequenos nadas!
Percebi há pouco que um dos meus temperos favoritos leva dois acentos gráficos. OrÉgÃos é uma das poucas palavras portuguesas com dupla acentuação. E para mim, estas são sempre de assinalar: órfão, órgão, sótão... só meto este "sótão" aqui, para que da excecionalidade desta regra vocês não tentassem fazer uma nova regra: "só são duplamente acentuadas as palavras portuguesas que comecem por 'or'"... (às vezes sou tão rocambolesca que nem eu acredito!)

Linguística à parte, tenho a partilhar os sensíveis rapazes do futebol ou dos vídeo jogos, os Sensible Soccers. Tenho andado a ouvir, mais afincadamente, desde que os vi há cerca de 2 semana, no Porto. Nesse concerto, no Plano B (porque mesmo tendo estado na Casa da Música consegui perde-los!!), quem estava comigo disse, e bem, qualquer coisa como: "isto é uma viagem por paisagens sonoras". São de facto"paisagens sonoras", quase sempre de uma manhã de nevoeiro, ou de um fim de tarde de inverno à beira mar, amparado do vento a beber um fino. São paisagens com horizonte, com relva acabada de cortar, com a sombra de grandes árvores. São altas viagens, são.
Não querendo desfazer, não tenho a certeza se o concerto funciona muito bem naquele formato de bar. Eu gostei, mas imagino uma cena mais sentada, vinho, fumo espesso... imagino mesmo como banda sonora de uma qualquer viagem que não implica necessariamente movimento.


dois dos rapazes são desta bela localidade que habito, os outros dois de Vila do Conde. Foi Coimbra que permitiu que se juntassem e agora parece que é ao mundo que pertencem. Já foram aqui ao lado tocar e os espanhóis não perdoaram. Disseram que a música era "sensível e sonhadora". Concordo.
Antes que isto seja o novo hype indie, tinha que partilhar aqui. Eu sei que soa um bocado lamechas (estas palavras e não o som dos meninos!!!!!), pelo menos a mim soa, mas é assim que é. Gosto e mais uma vez tiro o chapéu ao talento local! Gosto de apreciar o sucesso destes rapazes. A música deles está aqui, aqui e aqui. Podem perceber mais qualquer coisinha aqui (toda esta peça "jornalística" merecia um post sobre "do and don't", mas que moral tenho eu?!) e ainda a entrevista que saiu hoje e motivou este post e um chorrilho de cenas no facebook...

terça-feira, dezembro 20, 2011

is anybody out there?!

não, não morri.
e também não quero que este blog morra.
abandonado já ele está, mas morto não!
também não quero assumir como resolução de ano novo escrever aqui todos os dias, ou semanas, nem mesmo meses, mas... mas nada!
vou acabar de vos contar a história da Córsega, a do regresso, a do saco que, apesar de roto, lá vai enchendo... e mais, muito mais.
por ora deixo só aqui este registo, porque mesmo moribundo, ainda hoje este blog foi elogiado e isso eu não posso deixar passar! :)

quinta-feira, julho 14, 2011

diálogos quotidianos

dois momentos de rara beleza, hoje. note-se que a primeira C é colega de trabalho e a segunda C é colega de casa.

C - c'est très beau ton vernis. j'adore la couleur...
Lee - oh oui merci. c'est Chanel, c'est por ça que tu aime la couleur!
C - ah bon! mais tu est une fémme de menage très particulière
L - biensur. particulière, comme le vernis!

Lee - ainda te cheira a podre no frigorífico?
C - não. o que é que fizeste?
Lee - fechei a caixa do queijo e selei-a com fita-cola!

terça-feira, julho 05, 2011

yeeeaaaaahhh


finalmente consegui fazer com que a minha pequena varanda/terraço tenha um ar yogável!!! já posso estender o colchãozinho e ginasticar viradinha para a montanha!! urray urray urray
(está para breve um post sobre as coisas que os ricos deitam fora/deixam para trás)

segunda-feira, julho 04, 2011

choque cultural - Córsega take II (3 em 1)

Uma das primeiras coisas que reparei ao entrar em França foi que o gasóleo não estava muito mais caro do que em Portugal. Quando cheguei à Córsega, o litro valia 1,44 nas bombas caras e 1,39 numa barata que vi a caminho de nenhures. Até aqui, nada de choque. O que me saltou à vista foi a descida de preço entretanto. De um dia para o outro, o litro do gasóleo passou a custar 1,39 nas bombas caras! Eu cá não tenho memória de em Portugal ver o preço baixar cinco cêntimos num dia! já (quase) o contrário...

Sempre que mudo de país (até parece que é muito frequente...) as idas ao supermercado são verdadeiras aventuras. Mesmo quando estou apenas de passagem, gosto de ir às compras como as gentes locais. A primeira impressão foi que as coisas aqui não são tão mais caras do que em Portugal... os lácteos, tirando o leite, são mais baratos e a carne e o peixe são ela por ela. Ok, hoje paguei dois euros por três pêssegos. Nada de grave.
O que realmente me surpreendeu aqui num hipermercado foi encontrar bacalhau, seco e salgado, da Noruega!
nunca tinha visto à venda assim, fora de Portugal. e muito menos assim:

em bolinhos! apesar de serem redondos e terem ar de bolinhos de batata, são vendidos como bolinhos de bacalhau e não são caros (tipo 1,40€ se não em falha a memória. e o bacalhau inteiro 13€ e qualquer coisa o quilo)!
De facto, não sei se haverá outros sítios onde se venda bacalhau assim, mas acredito que, pelas mesmas razões, pelo menos no Luxemburgo e na Suíça deva vender-se. Um dia hei-de confirmar.
Obviamente que isto não se trata de um especial agrado aos portugueses. O supermercado está repleto de carne de borrego, arroz basmati, leite de cabra e tantos outros produtos importados que, graças às suas originais embalagens com inscrições em alfabetos não latinos mantém os franceses ao largo. Contudo, se isto não é uma forma de agradar aos trabalhadores emigrantes (ou receber bem, ou estar atentos às necessidades), eu cá não sei o que é... (a verdade é que com tanto eslavo a viver em Portugal, como é que eu nunca vi à venda num hipermercado smetana ou borsch ou pelmeni??)

E por falar em comida, na minha primeira pequena incursão turística, de que aqui já vos mostrei fotos, reparei na ausência de um Mc Donalds! Isto sim está em todo o sítio onde se vá. É impossível fazer turismo sem ter um Mac Do no meio do centro mais centro desse sítio turístico. Recordo Tallinn e o seu Mac numa das portas da cidade velha (Viru), passagem obrigatória... e Moscovo, onde felizmente, em cada esquina havia um destes, com as melhores, mais limpas e grátis (and overall no questions asked) casas de banho da cidade! Mas aqui ainda não vi! Noutro dia, em conversa com um português (note-se que a indicação da nacionalidade do sujeito só serve para lhe retirar alguma credibilidade), comentei que achava caricato não haver um Mc Donalds visível. Ele respondeu-me que, "en fait, não há Mc Donalds na Córsega. Já tentaram abrir, mas os corsos correm com eles à bomba". Disse o português que houve pelo menos duas tentativas de abrir uma casa do tio americano aqui na ilha, as duas frustradas com ataques bombistas... não, não morreu ninguém, mas se abrisse, aí é que havia de haver mortos e feridos! eu cá como não conheço nenhum corso, não leio corso e na rádio não se fala nisso, não tenho como confirmar (mas já pesquisei, sem sucesso). mas gostei imenso da ideia, confesso... tem que querer dizer muito desta ilha se de facto não existir aqui um Mc Donalds...

terça-feira, junho 28, 2011

os bichos II e Babel II (apesar de oficialmente não ter existido I de nenhum)

é só para que fique aqui registado o dia, para mais tarde eu recordar.

hoje vi um escorpião! bem sei que para muitos não será grande coisa, de facto, ele nem era assim grande. mas aqui para a city girl a viver na ilha foi do caralho!!! a minha companheira de casa já me tinha dito que tinha visto "um bicho preto com uns cornos, que parecia mesmo um escorpião". claro que desvalorizei e achei que ela estava a falar de uma bicha cadela de proporções anormais. na minha cabeça, escorpiões são coisas que só se vêm em dois sítios: ou no deserto ou naqueles programas com o David Attenborough que passam na televisão ao fim de semana antes do almoço!
a partir de hoje, para mim, há três sítios a saber, Córsega incluída!
escusado será dizer qual foi o destino do animal, sob pena de ferir as suscetibilidades dos amigos bios e demais eco freaks! o meu movimento foi tão rápido que só pensei depois. é que além de estar numa casa gigante que me deu um trabalhão a limpar, o bicho estava no mesmo espaço onde agora habitam 3 crianças, uma das quais ainda nem palra!!

a propósito dessa casa: eu vivo em França e como tal tento falar francês (e acabo mesmo por conseguir). trabalho com uma italiana que não fala francês e como tal, é em italiano/ilanianês que nos entendemos. e nessa casa, mora, por ora, uma família francesa que reside habitualmente na Suíça. a cunhada da dona da casa é half american half english, graças ao universo!! e então posso falar com ela em inglês, o que é uma benesse quando as coisas têm que ficar bem entendidas! e eis que para ela trabalha uma baby sitter sul-americana que fala castelhano. finalmente, ela (a baby sitter) diz-me: "podes falar português. eu moro em Genebra, e lá o meu namorado é português. ele só fala português, eu só falo castelhano, mas lá entendemo-nos". e eu penso: "porra! eu não falo francês e tento, não falo italiano e tento, agradeço poder falar inglês e espanhol e tu ainda queres que eu fale português?!" claro que só me ocorreu praguejar em russo, estoniano e alemão!

terça-feira, junho 21, 2011

choque cultural - Córsega take I

uma das primeiras coisas que reparei, aqui no sul da Córsega, foi na escassez de ecopontos! como diz a Sara, eu não sou eco-freak, mas quase!! no que toca a reciclagem... digamos que na minha casa portuguesa eu separava até os envelopes onde os sacos de chá vêm acondicionados...
felizmente, pensei eu, aqui na minha rua há um ecoponto, com dois contentores por cada uma das três cores. e então peguei em dois caixotes e fiz uma mini reciclagem na varanda. fixe!
hoje fui despejar os caixotes e quase que tinha um ataque cardíaco! que atraso de vida, senhora França!! no papel só se podem meter jornais, revistas e folhetos de publicidade... bem que fiquei com uma quantidade jeitosa de finitos rolos de papel sem saber o que lhe fazer! e o cartão it self? não pode ir para reciclar porquê?? e o que é que eu faço com as embalagens das bolachas?!
antes de desesperar, olhei para o eco ponto amarelo. dois choques num só! no amarelo entram as embalagens. as metálicas, as plásticas e as de papel... (nasceu-me uma gota na testa como se eu fosse uma animação) mas não entram sacos de plástico!!! tipo, o plástico mais poluente de todos e que está em exagero neste planeta não pode ir para reciclar!!! passei-me!
e afinal, onde raios vou meter os rolos de papel higiénico que já não têm papel?

segunda-feira, junho 20, 2011

1º dia de trabalho

comecei hoje no duro e a sério nas limpezas. mas isso não é o que me chateia. o que me incomoda mesmo é que casas que estão fechadas hace tiempo torna-se habitat para todo o tipo de bichos!! e para que se perceba a dimensão da coisa e dos bichos de que eu falava no post da praia, vejam só quem é que se alimenta deles:
oh pah... lagartos há muitos e eu tenho visto vários. alguns são tão coloridos que até já giros. mas isso é quando são lagartos tipo sardoniscas, sardõezitos que fogem ao mínimo barulho. mas crocodilos disfarçados de osgas, ta que pariu!! que susto apanhei!
noutra portada, mais uma caralhada soltada aos quatro ventos:

eu de noite bem as ouço coaxar. há sítios em que são quase ensurdecedoras. mas nunca pensei que fossem assim tão mínimas e imóveis e destemidas! que nervos! espero que amanhã quando voltar à casa já possa limpar a portada sem me assustar!
entretanto matei tantas, mas tantas aranhas... matei, não, aspirei! é inacreditável o trabalho delas e eu peço desculpa à natureza por estar a desfazê-lo. mas porra! se não desfaço o trabalho delas, desfazem elas o meu!!
lições do dia:
  1. cuidadinho a abrir portadas!
  2. antes de ires aos cantos, manda o aspirador desfazer as teias de aranha!
  3. afasta-te das formigas de cabeça vermelha
  4. se a tua colega só fala italiano, aproveita! aprende e desenvolve :)

domingo, junho 19, 2011

bienvenue en Corse II

ora então falava eu de praia, não era?!
estando numa ilha é fácil estar perto da praia, claro. eu cá vivo a três km desta praia

St Cyprien é linda, sim. mas já vi, em postais, outras aqui bem perto e tão ou mais bonitas. ainda não tive foi tempo (e um mapa) para ir à descoberta.

a costa aqui deste lado do sul da Córsega parece-me ter sido recortada com uma daquela tesourinhas pequenas e arredondadas. são baías atrás de baías, com enseadas e lagoas marítimas escondidas. não há areal a perder de vista, não. há antes um mar com umas cores onde é fácil a vista se perder. seja como for, acho a praia estranha. a água é quente e não tem ondas! que não seja mal interpretada, não me estou a queixar. estou apenas a partilhar as minhas constatações. eu gosto de ondas, de ter que lutar com elas, de ter que manter sempre o olho aberto e nunca virar as costas ao mar. gosto de entrar na água e sentir os ossos a estalarem de frio, a temperatura do corpo a baixar, os poros a contraírem-se num arrepio. aqui não há disso. o que há são polvos, medusas e cardumes de mini peixes a nadarem ao meu lado, por entre as estrelas do mar, os ouriços e de mais coisas que não sei identificar. há uma transparência incrível da água que, mesmo que ela me dê pelo pescoço, me permite ver a cor com que pintei as unhas dos pés sem os levantar da areia. às vezes até penso que preferia que a água fosse um nadinha mais turva, só para não ver as coisas que me roçam as pernas!!
e a propósito da falta de ondas, diga-se que falta também (e consequentemente), aquele barulhinho de fundo tão próprio das praias de oceano. o marulhar é uma coisa que aqui não existe senão quando algum barco ou jet ski passa mais perto da areia. e isso sim é muito estranho: chegar à praia e ouvir o silêncio, apenas interrompido pelas crianças que deliram na água. a temperatura e a calma das águas daqui proporcionam um playground brutal para os mais novos, ao mesmo tempo que dão o merecido descanso aos progenitores! (mas isso daria todo um outro post)
a posição do sol é outra coisa que ainda me causa alguma estranheza também. aqui deste lado, o sol põe-se na montanha. ou seja, para estar na praia deitada a jeito de apanhar sol uniformemente, é preciso estar de cabeça virada para baixo, para o mar. e isso é um nadinha ackward!
outra coisa que me irrita solenemente são os bichos!! sim, esta é a ilha da beleza (não fui eu que dei o nome, é mesmo assim), mas também é a ilha dos bichos! e na praia... haja paciência! anteontem fui picada por inúmeras formigas pretas de cabeça vermelha! oh yeah!! estava eu a dormitar o justo sono da guerreira... quando fui acordada por umas picadelas e comichões que me atiraram logo para a água! quando regressei à toalha reparei que tinha matado várias formigas durante o sono, mas nem assim, as vivas desistiram. não acabou aqui! uma carocha voadora veio contra a minha cabeça duas ou três vezes (devem ser os bichos mais burros que moram aqui na ilha!). quando pensei que já a tinha enxotado, passei as mãos no cabelo para o prender e lá estava ela, morta, enleada nos meus longos cabelos queimados!! é dispensável quanto embaraçoso descrever a minha reação...
mais uma banhoca e mais uma mini sesta, lá me preparo eu para voltar a prender o cabelo. e lá está outra carocha presa no dito cujo! se não tivesse enterrado a outra que estava morta teria julgado que ela tinha voltado à vida só para me moer a paciência! que nojo, porra!
como se não bastasse, há também uns micro pontos pretos voadores que me adoram! eu devo ter uma pele ou um sangue ou ambos muito bons para a saúde destes insetos. não sei o que são, nunca tinha visto. são mínimos, mas dão cada ferradela digna de uma carraça bem gorda!
mas pronto, já percebi o truque: manter a toalha o mais perto da água possível e estar nela o menor tempo possível!

sábado, junho 18, 2011

bienvenue en Corse

cheguei há Córsega há precisamente 2 semanas. impõe-se que aqui escreva, tanto para manter o meu registo pessoal atualizado, como para dar de beber aos poucos, mas ávidos leitores leais.

a viagem foi terrível, mas tranquila. correu tudo como o planeado, mas é uma grande seca fazer quase 1500 km sozinha! vi paisagens brutais, como na fronteira entre Espanha e França (Irún) e estações de serviço horrorosas (como quase todas as espanholas onde parei). quase não falei durante um dia inteiro, mas parei a cada duas/três horas e dormi algures em Espanha, muito perto da fronteira. pedi à minha mãe que estivesse sempre comigo. ela que, tenho a certeza, não aprovaria jamais esta forma de migrar, acho que me ajudou a não adormecer. claro que foi ajudada pela memória daquela música do Graciano Saga que conta a história do emigrante que morre na estrada! sempre alerta, Lee!!

um dos melhores momentos foi o pequeno almoço aqui
numa estação de serviço toda catita, com vista para os Alpes! o resto da viagem foi uma pressa de chegar a Marselha, sempre a dar de frente com placas "Barcelone"! ui que vontade tive de virar para trás e ir à cidade maravilha!!

mas tal como o carro, que ia em cruise control, eu ia em piloto automático e nem me enganei nenhuma vez. cheguei a Marselha, direitinha ao terminal correto do porto. sem espinhas, mesmo! fiquei orgulhosa de mim. cheguei tal como o previsto, À hora prevista, sem nenhum acidente ou incidente, como tem que ser!

comprar bilhete, esperar na fila de carros para embarcar, trocar de roupa, esperar... mesmo sem cabine, quando entrei no barco desmaiei numa sala com cadeiras tipo esta. não sem antes me despedir

adeus Europa continental. agora vou ser ilhéu!
quando acordei, já se via terra e a primeira ideia que me ocorreu foi: "dasse!! que classe!" montanhas verdes, pequenas casas terracota em frente ao mar, com barcos ancorados à porta...

gostei!
gostei também da maneira como fui recebida pela irmã de uma amiga: de peito aberto com um sorriso! A Anabela, que me recebeu, acolheu, guiou; que me ensina, alerta e explica; conquistou logo uma lugar no canto mais profundo do meu coração. a bondade desinteressada, interessada apenas em servir de incentivo e rede, sempre me comoveu.

as primeiras impressões da ilha foram muitas e díspares. é bonita, é verde, o contacto com a natureza é tanto que até chateia (principalmente no que toca à quantidade de bichos voadores e rastejantes que convivem alegremente com as pessoas, nas quais deixam as suas marcas bem visivéis) e todas as casas são de cores pastel, terra, perfeitamente enquadradas na paisagem, como se se tratassem apenas de mais uma pedra de granito que espreita pelo verde da montanha. sim, a montanha, está sempre presente. a montanha que noutros sítios, como na Suíça, me deixou quase sem ar, enclausurada sem horizonte, aqui faz-me companhia, serve-me de orientação e proporciona-me umas vistas fantásticas do pôr do sol. não me enclausura, porque o mar, esse tal horizonte, está sempre aqui ao lado, sempre mais perto que a montanha.

a meio do primeiro dia, quando andava a ser guiada pelas redondezas tive aquilo a que os locais chamam "ressaca" da viagem. enjoei, vomitei, fiquei com dores de cabeça... bah!! nada de grave, mas ainda assim, embaraçoso!

depois de dois ou três dias nos arrabaldes de Porto Vecchio, a terceira cidade da Córsega (as duas primeiras são as capitais do Norte e Sul, pois claro), lá fui espreitar o centro histórico. encontrei logo uma rua com o nome do filho mais famoso da ilha

e deparei-me com o que parece ser uma vila italiana, tranquila (se conseguirmos ignorar os turistas). daqui, a Córsega parece-me rústica, tão bem tratada como abandonada, deixada ao natural...

como qualquer sítio turístico, Porto Vecchio está repleto de cafés de chame, esplanadas acolhedores e convidativas!
as antigas muralhas também cá estão!
granito, ocre e verde são as cores que dominam toda a paisagem. tanto, que alguns pedaços de montanha parecem tirados de um catálogo do Gerês!

simples e eficaz. eu gosto!

de qualquer parte mais alta se vê facilmente o mar.
que é como quem diz: vai uma pessoa tranquilamente a conduzir e de repente o mar aparece à vista... tenho pena que a máquina (leia-se: telemóvel) não consiga captar a beleza da imagem.

e eis que a meio do post... duty calls!!
mas não quero guardar sem publicar, sob pena de atrasar ainda mais quem me quer ler! eu já volto! tenho que ir ali ao centro e dps... um mergulhinho na praia!!

segunda-feira, maio 30, 2011

packing



"Run fast for your mother and fast for your father
Run for your children for your sisters and brothers
Leave all your love and your loving behind you
Can’t carry it with you if you want to survive"

quinta-feira, maio 26, 2011

ida e volta, ida sem volta (edited)

para ouvir enquanto se lê



entre paragens, interrupções e crises de inspiração, acho que este blog pode voltar à vida que tinha em 2007. desde a última vez que aqui escrevi muita coisa aconteceu. caiu o governo, estive um mês na Estónia, decidi emigrar. as amigas engravidaram ou pariram, uma avó foi para o lar e ontem até pintei as unhas de vermelho pela primeira vez na minha vida!! entre trivialidades, decidi que este não é o país que quero para mim. acredito piamente que mereço melhor e que o posso encontrar noutro sítio. não sei onde, mas não vou ficar aqui à espera que os impostos subam e o meu salário se mantenha na mesma para ver se descubro. imbuída do espírito tuga emigrante do final do século passado, parto para França, para começar. largo a estabilidade da minha casa, do meu contrato por tempo indeterminado, da minha família, dos meus amigos. vou à procura de tudo, onde não espero encontrar nada. mas vou. não consigo ficar acomodada a esta bela vidinha. Portugal é um ótimo destino de férias e eu não quero que passe disso. não acredito na mudança do país, não acredito que consigamos pagar o que vamos ficar a dever além do que já devemos, não acredito na mudança dos problemas de fundo, não vejo mudança de mentalidades. só vejo campanha política com todo o arraial que já é normal. ser jornalista pesou muito e até facilitou a minha decisão. estou farta de ver o podre de perto, aliás, de dentro! estou farta que tentem fazer-me de burra, que tentem manipular-me, que queiram sempre usar-me para passar uma determinada mensagem de uma determinada forma. basta! não aceito mais que me mintam enquanto me olham nos olhos e me sorriem. não aceito mais ter que escrever sobre os podres, a podridão e os bolorentos!
que me chamem de cobarde os acomodados, os que acreditam poder lutar por um país melhor. desses eu aceito que me digam que estou a baixar os braços e a fugir à luta. mas muito depressa lhes digo: a minha luta é pela minha vida e eu quero uma vida melhor do que a que levo aqui e do que a que perspetivo num futuro português. não quero mais ser parte desta engrenagem que não anda para a frente, só rola em seco... aliás, estou farta de chover no molhado! farta de preguiça, de despesismo, de mau investimento, de falta de meritocracia, de mania, de falta de desenvolvimento, de megalomania, de falta de preparação, de falta de profissionais, de falta de crianças! chega. adoro o país que me formou, mas a minha formação não acaba aqui. mas aqui não pode continuar. eu quero trabalhar numa economia que cresça, que possa florescer. quero ser um dente de uma roda que impulsiona outras para a frente. se não conseguir, hei de me esfolar a tentar!! mas tenho mesmo que tentar.
serve isto para dizer que: dentro de uma semana rumo a Este, quase em linha reta! mais informo que, como vou de carro, tenho um lugar de pendura para oferecer a quem concordar partilhar os custos da viagem. claro que não precisa de ser para todo o trajeto, mas se houver interessados, eu agradeço! adeus Portugal. Corse, oh Corse... j'arrive!!

sexta-feira, março 04, 2011

o botão assassino volta a matar

ora aí está, voltei!! não tão rápido quanto tinha estimado, mas depois de uma lembrança do tio mexicano, cá estou. e não venho sozinha. trago o botão assassino, uma das personagens a quem demos vida no atelier de escrita criativa. este é o meu botão assassino:


Era uma vez um botão assassino… que vivia, sem levantar suspeitas, bem colado à sua casa. Tinha-se mudado há duas semanas para aquela loja de roupa em segunda mão. Ali, no meio das camisas bafientas, nenhum botão, fecho ou colchete sabia das suas façanhas. O enorme botão redondo com o centro de metal vivia no topo de um sobretudo de fazenda, bem perto do cruzamento entre a cabeça e o corpo, em frente ao pescoço. À noite, o emblema bordado na camisola dentro do sobretudo tentava meter conversa.

- Então, redondo, que tal vai isso?

- Tudo ótimo.

- Que vês aí de cima?

- Nada de mais – atirou o botão. Um chapéu com penas barulhentas, dois cachecóis de ressaca.

- E no sítio de onde vieste, como é a vida? Eu cá tenho muitas saudades do mar. andava sempre ao peito de um capitão.

- Hum… Muito interessante – esquivou-se o botão. De onde eu venho, ninguém gosta de mim. Matei a minha dona, sem querer.

Um burburinho instalou-se rapidamente na loja.

- O quê? - espantou-se o vestido de noiva.

- Como? Como?

- Isso é mentira.

- Completamente impossível – sentcenciou o coletivo de calças.

Sapatos, calções e saias, todos comentavam, todos queriam saber. Um botão assassino? Era a coisa mais ridícula que já tinham ouvido.

- Aqui, as únicas peças com capacidade para matar somos nós – disse altivamente uma écharpe de seda. Cachecóis, lenços, gravatas e xailes todos concordaram

- É… até parece – disse o velho emblema náutico. O meu capitão beijava-me sempre antes de se fazer ao mar. Precisava da minha força para matar enormes polvos - explicou.

Até as riscas se riram.

- Ora douradinho, tu matas tanto como aquelas pantufas peludas que estão ali na prateleira – atirou a écharpe com escárnio.

- Mas conta lá, botão, o que faz de ti um assassino tão temível? – perguntou um cinto.

Tímido, o grande redondo escondeu-se na sua casa. Não queria mais conversa. Estava tão contente por estar naquela loja, depois de tantos anos naquela fantasmagórica mansão de mámore. Adorava a companhia dos brincos e colares. Entretinha-se a ouvir as estórias das bóinas e das shapkas. Os dias passavam com a pressa comum dos clientes. As noites, com as conversas descontraídas das t-shirts e das gabardines.

De manhã, ouviu-se entrar pela loja

- Bom dia.

- Bom dia. Esteja à vontade.

- Obrigada. Quero experimentar este sobretudo – disse a jovem loira. Tem um ar tão imperial. Adoro.

Imediatamente, o botão soube o que estava prestes a acontecer. Seria comprado, usado algumas vezes, empacotado durante os meses de verão.

- Nem pensar. Noutro armário, vou acabar por sufocar graças às meias de lã – pensou.

Ainda o botão pensava, já a moça despachada tirava o sobretudo da cruzeta. Enfiou o braço esquerdo, sentiu o peso da fazenda, depois o braço direito, aconchegou finalmente os ombros. Nisto, já o botão tinha desapertado a linha que o unia à fazenda.

- Não desgosto – constatou a rapariga.

- Mas desgosto eu – intuiu o botão.

Ela preparava-se para abotoar o casaco, começando pelo pescoço, apertar o botão para dentro da sua pequena casa. O botão deu um atlético salto, entrou para a boca aberta em exclamação e tapou a garganta da jovem.Mantendo-se firme, agarrado à epiglote, o botão estava disposto a morrer para matar.

- Acudam – gritou uma funcionária da loja que já agarrava a rapariga pelo peito. Com mestria fê-la cuspir o botão e tossir imenso.

Cuspido, molhado, no chão, o botão assassino ria-se para a echárpe de seda:

- Vês, minha querida? Isto é só uma amostra. Agora imagina o que eu posso fazer a uma mulher sozinha…

E sorridente, o botão recostou-se a apreciar o futuro que o aguardava. Daqui em diante, seria um botão respeitado. Já não passaria despercebido aos outros habitantes da loja. Mas certamente, ninguém o levaria em terceira mão.


some feedback?? please...

quinta-feira, fevereiro 17, 2011

a escrita afinal não precisa de ser verosímil

Apesar da escrita se a minha ferramenta de trabalho, só o é numa pequena vertente. quero dizer, há tantos tipos de escrita e eu só uso uma: a jornalística. Leitores menos atentos estarão agora a pensar o que é que define essa escrita. Pois define-a, principalmente, a antítese daquilo que é literário. É jornalística a escrita depurada, relatora da realidade, organizada cronologicamente e preferencialmente curta, clara e concisa... a literária, aquela que se lê em livros não técnicos é, antes de mais, eterna! as páginas onde é escrita não servem para limpar vidros, nem embrulhar peixe nem secar sapatos molhados! a escrita literária não precisa ser objetiva, nem clara, nem concisa. pode perfeitamente efabular sobre a realidade, torce-la, dar-lhe mil e um finais... e isto fascina-me! Desde o primeiro ano da faculdade que as questões da língua me perseguem especialmente, mas a verdade é que nunca fui muito atrás delas. Sei lá! São tantas, da gramática ao estilo... não sei por onde começar. Escrever um livro? Toda a gente pensa nisso. Pior: toda a gente acha que consegue escrever um livro! Mas como é que se faz? Até onde pode ir a minha capacidade de escrita, de criar imagens na cabeça das pessoas? Será que escrevo bem? E? Se? Porque não? Porra!
Faz alguma coisa, não é? É! Um atelier de escrita criativa. Porque não? Inscrevi-me e no início do mês lá fui. Adorei, claro! Nunca tinha escrito estórias em vez de histórias. Criar diálogos, imaginar... Escrever só por escrever, como se fosse possível. Adorei!!
Confesso que foi um fim de semana duro, a acordar cedo (domingo incluído). Mas foi também uma risota, especialmente nos momentos em que os participantes partilhavam as estórias. Enfim, tudo isto para dizer o quê? Que vou partilhar com vocês alguns dos textos desse fim de semana. Alguns meus e outros cedidos por um gentil colega, de seu nome Lisandro Mendes Castro.
O mote para o texto que se segue foi dado pela bem disposta orientadora do atelier: "Era uma vez um botão assassino"... O Lisandro escreveu o resto:

Era uma vez um botão assassino e orgulhoso que ganhava a vida a matar fechos, laços, correntes e colchetes. Resumindo e concluindo, tudo aquilo que representava a concorrência na arte de apertar, ajustar e moldar a peça de roupa ao corpo humano. O botão era implacável. Não admitia rivais. Só ele teria o talento e a dignidade de ser cosido. Mais ninguém!

Todas as noites dirigia as orações ao deus Tecido, que era o seu verdadeiro destino:

— Pai-Tecido, que estais na roupa, santificada seja a vossa qualidade, venha a mim a vossa agulha, sejam feitas as medidas, assim no alfaiate como no pronto-a-vestir. Ámen.

O Pai-Tecido crescia farto do comportamento assassino do botão. Todas as semanas chegavam ao Shopping-Céu dezenas de vítimas, impiedosamente afastadas do seu dever pela crueldade desmedida do botão. Por isso, decidiu dar-lhe uma lição. Milagrosamente, mandou descer às lojas uma praga terrível, a que deu o nome de Saldos.

Os preços baixaram abruptamente e o botão assistiu, incrédulo, à vergonhosa mudança de etiqueta. Foi com grande pesar que se despediu do seu pomposo preço e se viu forçado a aceitar uma quantia desumana, ou pior, desbotada.

À hora de abertura das lojas, dezenas de clientes invadiram o espaço. O botão nunca vira tanta mão vulgar. Tocavam, puxavam e, por fim, abandonavam-no. Ninguém o queria! Todos buscavam os fechos, os laços, as correntes e até os colchetes… O Pai-Tecido estava contente.

Mesmo desfeita a concorrência, o botão permanecera indesejado e para sempre ficou esquecido no canto de uma prateleira, para se lembrar de que a morte de uns nunca traz a felicidade dos outros.

Lisandro Mendes Castro

Não está brutal?!? Eu adoro! O Lisandro deu-me mesmo autorização para publicar, ok?? aqui e no labor.

(Vicicssitudes da escrita oralizada, que não se compadece com a hora de jantar... Alegrias da internet que agradece que os posts enormíssimos sejam repartidos. Eu já volto para vos mostrar a minha versão do botão assassino!!)

sexta-feira, fevereiro 04, 2011

para que conste

o regional diz que (nós sanjoanenses) somos "quase 30 mil"... só mais um terço do que aquilo que realmente somos...

faz "notícias" que carimba de "última hora" com "possibilidades" avançadas por televisões nacionais...

e na reportagem da inauguração da escola, à qual o comum dos leitores não assistiu, o que é que mostra?? 4 fotos do presidente da câmara... WTF?!?!?!?!?

o labor não tem concorrênciA!!!!! e tenho dito!

(este era o meu status, ontem, no facebook. não que seja meu hábito comentar publicamente ou analisar o trabalho dos outros. já sobre a falta de trabalho não posso dizer o mesmo! como a "concorrência"nunca deixa de me espantar, quero aqui deixar este pensamento, tal qual uma gota de resina numa superfície arenosa) (e não vale a pena comentarem a mandar vir comigo!! este é o meu blog, não é um espaço democrático! se me querem bater, arranjem o vosso próprio blog!!)

quarta-feira, fevereiro 02, 2011

Bday *wishlist* - WISH GRANTED!!!

para o meu aniversário, o meu presente, eu quero que seja: um bilhete para ver o Patrick, um bilhete para ver o Patrick!!!!

preferencialmente para o Porto, 23 de abril, Teatro Sá da Bandeira - 22 Euros

(não sei se tenho mais curiosidade de o ver a ele, ou de ver a sala com um ambiente não DnB...)

13 minutos depois
obrigada Pai Natal!!!
lá nos vemos em Coimbra, então!!! sou mesmo fácil, não sou?? :)

domingo, janeiro 23, 2011

maldita sejas, abstenção

se eu soubesse como, desenharia uma garrafa de veneno, com a caveira do cavaco por cima de uma cruz de ossos. por baixo escreveria: A envenenar Portugal desde 1985!

quinta-feira, janeiro 20, 2011

domingo, se fores direitolas, fica em casa!! se não, vai votar!!

a Xica foi à fonte das imagens que andam a correr o facebook e eu decidi fazer um mini "texto-imagem-manifesto" a apelar ao voto!!

Desde que a campanha eleitoral para as presidenciais começou eu fiz dois serviços com candidatos. Os dois de esquerda, graças a Marx! em Francisco Lopes espantou-me a vitalidade com que falou durante uma hora, de pé, sem aquele tom (tão) ressabiado tão natural nos comunas. mas a verdade é que não disse absolutamente nada de novo... ainda assim é sempre bom ouvir umas verdades e lembrar que o Cavaco ajudou imenso a cavar este buraco onde estamos!!

Por seu turno, Manuel Alegre espantou-me por ser velho!! os olhos baços, as manchas na pele... ele não disse muito, portanto, não sei o que pensar. mas espantou-me saber que viveu em S. João da Madeira quando tinha uns 13 ou 14 anos, há 60 anos atrás... até pensei que me tinha enganado a fazer as contas, mas a wikipedia diz que o senhor tem mesmo 74 anos. e então fiquei com pena dele! Já não bastava ser seguido e precedido por antigo elementos da direção-geral da Associação Académia de Coimbra, (esses jotinhas... nunca me enganaram!!), ainda tem que andar nestes filmes de campanha imparável, quando na realidade tem é idade para se dedicar à escrita, com uma manta nas pernas! também tem idade para ser presidente da república, é um facto. o que em Portugal se faz nesta matéria pode bem ser feito de manta nas pernas, manta nos ombros e escalfeta nos pés!!

neste cenário, só há mais um candidato que merece uma linha aqui. dois, vá!
primeiro, o senhor Fernando Nobre, pela indizível desilusão que provocou na minha pessoa. de galinhas, a promessas de comportamentos anti-constitucionais, a desafios ao sr Alegre, este homem, até agora, só tem conseguido meter-me nojo!! outra nota para o candidato madeirense. o sr Coelho já ganhou a corrida da originalidade. de sacos azuis, a visitas ao cavaquistão, à música dos tempos de antena, este homem, até agora, só tem conseguido fazer com que eu me ria. não vale a pena desperdiçar o voto, mas será bem interessante ver que percentagem terá!

seja como for, o importante a reter no domingo é: buzinões, cargas policiais, propinas, tanto km de auto-estrada e nenhum para Bragança ou Chaves, SLN, BPN, "não comento", "não comento", "é contra os meus princípios"... enfim. se estás farto de

é que não há mesmo!! inevitável é ficar fodido com um resultado para o qual não se trabalhou!! Mesmo que o resultado seja uma merda, ou seja, que o Cavaco ganhe (sim, na história de Portugal, todos os presidentes que se recandidataram acabaram por ganhar, sem espinhas!!), mesmo assim, para ter paz de espírito, eu preciso saber que fiz tudo contra. e você, o que precisa fazer para ficar de consciência tranquila??
e demiti-lo é tirar-lhe votos, é manifestar nas urnas que esta política presidencialista de silêncio e insucesso é uma merda!! não bastava ser direitolas...
parece que já ouço os socialistas: "é preciso votar Alegre. é o único que tem hipóteses de o enfrentar"... sejamos honestos: ninguém tem hipótese!! é uma questão histórica, já o disse. os portugueses têm a memória curtíssima e contra este facto, infelizmente, não tem havido argumentos! o Cavaco vai ganhar, agora resta saber por quanto. por isso, não me interessa se se vota Alegre, Lopes, Coelho ou Moura (Nobre é que não!!!). não me interessa se dão a Alegre o "voto útil" (na ingénua esperança de que haja uma segunda volta), se se mantém fiéis aos vossos princípios e votam Lopes ou se só para contradizer votam Coelho...
é simples não é?? mas toca a votar mesmo!! que é para depois não se queixar. ou melhor, queixar, qualquer um (pessoa de bem, com ideias formadas a bem do país) se vai queixar sempre. como já disse, o Cavaco vai ganhar e é impossível, pelo menos eu, não me queixar acerca disso. mas tu, vai votar. por favor. e é se não queres que na segunda-feira, eu te diga
é que pior do que não participar na construção do sistema democrático é, não o fazendo, encher a boca para se queixar ou criticar!! andamento!! não está tempo de ir à praia, nem nada vai mudar. é só uma questão de expressar descontentamento e assustar um bocado o sr Silva!!

sexta-feira, janeiro 14, 2011

welcome 2011

first of all: Happy new year, dear readers!!

so, 2010 ended good! lots of good music in late november and december actually made the year worth it! in less than 3 weeks I attended Efterklang, Janelle Monae and Owen Pallet gigs. saw some other "small" concerts, but these 3, just took my breath away!! i wrote here about these going-to-Lisbon-to spend-money-and-attend-the-shows event! I loooooved it!!

after that, Xmas was actually pretty cool!! now that finally i am able to "visit" my mum in the graveyard, I had a more peaceful silent night! it was really important for me to visit her there and leave some flowers, wish happy birthday, merry xmas, etc! and I am quite proud of myself for actually being able to do so! this year Xmas was also different because we had 2 estonians guests over for Xmas! it was awesome!! of course that all the attentions laid on them and everyone was trying to get them to eat and drink! it was quite funny. I guess they enjoyed it as well! and for sure they will always have a story to tell about this big, fat, loud portuguese family and hosted them with kisses and hugs, food and drinks, some love and a lot of jokes!

of course Xmas always comes with a thousand of dinners... company dinner, friends dinner, girlfriends dinner... and these were also cool! for the first time I hosted a girlfriends kind of dinner that was so cool... we had such nice gifts!! It really amazes me to realize, by the gifts I get, how well (or not) my friends know me! of course my wish list helped a lot of people, but eve tough, some people managed to really surprise me! the post bellow shows only a few of the presents I got. there are 2 Chanel nail polish, one Truman Capote, some chocolates and some hearings missing!

but the season would not be completed without a true good New Year's Eve party!! and that is exactly what happened! a really nice dinner over a long-time-no-see-friend, and a massive drum n bass party afterwards! not everything is perfect, of course, and I here underline my public dislike according to some aspects of the organization!! so many parties have been hosted on that spot, and you still haven't come up with a nice way for the people to get in?? and, honestly, 5 people working on the bar when you sell thousands of tickets... that is just wrong and evil!! Profiting shouldn't be your only concern, I guess!! nevertheless, the party was really cool and, at 9 a.m. it ended like this:

after some really hardcore drum n bass (just like the Porto crowd seems to love), after the security guards talking to the dj's, after the lights were on, this was the scene and it is lovely!

of course, after such a good ending of 2010, 2011 could only begin in a positive way!! therefore, my only resolution for the new year is: put myself on the top of my priorities list! that's it!! I am no one's mother, so I should stop acting like one! should pay much more attention to myself, my needs, my dreams, my aspirations, my health, my everything!! that's it! keep in mind that good stuff happen to good people and that good people attract fellow ones! stop wasting time with small problems, relativize as much as I can and try keeping a positive attitude! everything else it's just profit!! happy new year!