segunda-feira, abril 23, 2007

Moscovo I (so para dar um cheirinho)

Pedimos desculpa pelo atraso, a viagem para Moscovo segue dentro de duas linhas

Partimos de Tallinn, numa quarta-feira, às 5 da tarde num belo comboio. Pela frente uma viagem de 16 horas, atenuadas pela excitação de 12 jovens voluntários. Coitadas das pessoas que partilharam a carruagem connosco… houve tempo para rir, falar, ler, escrever, comer, fumar, atrofiar e arrancar cabelos! Chegados à fronteira aí está a altura perfeita para fazer figura de turista: “Can I have a stamp, please?”. Enquanto cidadãos da União Europeia não precisamos de carimbo no passaporte (porque já lá temos o visa…). Olha, era só o que faltava!! Passa para cá um carimbo com um comboio! Quando chegou a hora de dormir é que foi mais complicado, mas nada que um bom pedaço de chão não resolva!
Chegámos a Moscovo antes das 10h00 locais, ou seja, quando liguei à minha mãe a dar a boa nova ainda não eram 7h00 em Portugal! Ups! Primeiros passos: encontrar a amiga da Julka, trocar guito e pousar as mochilas. Zero de complicações. Mal saídos do comboio deparo-me com um busto de Lenine no meio da estação (que se chama Leningradski!). À ida para a casa de câmbio, uma estátua de corpo inteiro… Cedo me apercebi que o “Dieduska Lenine” (avô) iria estar muito presente nesta viagem!
Para começar, almoço num restaurante com duas belas fotos do Figo, esse emblema lusitano! Depois rumámos à Praça Vermelha. Afinal, foi a imagem do Carlos Fino em frente à Catederal colorida, debaixo de neve, que me fez cá vir. Pelo caminho:

apenas uma igreja ortodoxa, como tantas outras, com as cúpulas forradas com folha de ouro… e:

a antiga sede do KGB, ainda hoje o edifício é utilizado pelas forças de seguranças. Excusado será dizer que é proibido fotografar o edifício, como um polícia nos fez saber. Também é proibido fotografar as estações de metro e túmulo do avô.

o teatro Bolschoi… ou o que resta dele por trás dos andaimes e da publicidade à Turquia! Moscovo é linda, mas está infestada de publicidade, outdoors, posters, fliers, homens-poster e outras coisas que tais.

os portões de entrada na Praça que dão também acesso ao Museu de História do Estado Russo.

aí está o Museu, visto da parte de fora da Praça Vermelha. Diga-se que é o único edifício que dá o nome à praça. Isto porque em russo “vermelho” (cracni) e “bonito” (craciva) são palavras muitos semelhantes. Pelo que a praça é bonita, mas pouco vermelha!!

Ainda de fora, o Kremlin, que é mais amarelo que vermelho! Mas daqui já se via qualquer coisa da igreja e do túmulo de Lenine. Só está aberto de manhã, não se pode entrar com nada mais que uma mala de mão e é assustador!!!!

à esquerda o museu, ao meio a catederal da minha infância e à direita o mausoleu mais bem guardado do mundo!

A primeira foto de família. Em cima, da esquerda para a direita do observador: Lena (Uk), Julka (Ru), Alice (Fr), Christian (It), Kêlig (Fr), Lena (Ru), Aude (Fr), Laura e Barbara (Al). Em baixo eu, o Sebastien (francês EVS na Finlândia), Georgios (Gr) e Sabinne (também francesa EVS na Finlândia.

à entrada da Praça, mais uns dourados. E a primeira imagem que se tem da Praça Vermelha (onde nunca na minha vida eu imaginei estar!)

à direita da entrada principal o mausoleu do avô:

em frente a Catederal. É incrivelmente colorida. Linda por fora e por dentro!



eu quando quero sou uma fotógrafa do caraças!! Esta foto foi apelidada de “Messenger picture” bem como de “Christian, Amelie’s gnome”!

eu e o Kê. A excitação total!

à esquerda da entrada na praça o mais antigo centro comercial do mundo que ainda hoje funciona como tal! Antes todos os shoppings fossem assim!

a praça vista de dentro da catederal. Sim, não é muito grande o raio da praça!
a vista para o lado oposto da praça, além catederal. Ainda se vê um restinho de Kremlin à direita e o rio em frente.
Vistas a praça e a catederal, siga por uma das ruas mais famosas de Moscovo, ver a cidade, andamento. Não imaginam as saudades que eu tinha de uma cidade grande. Para dizer a verdade nem eu tinha noção! Mas as metrópoles desencantam em mim um fascínio inexplicável. Em Moscovo moram mais pessoas que eu Portugal, há não-sei-quantas linhas de metro, as estradas atravessam-se por túneis (porque à superfície é impossível), mas ninguém fala inglês… há cheiro a panquecas e kebab em todo o lado, russos da Sibéria e da parte mais oriental (que mais parecem japoneses).

Por hoje é tudo. Isto vai levar uns dias a contar e mostrar toda a semana passada na Rússia... mas não desesperem que eu também não!

3 comentários:

Ernesto X. Paz disse...

Em realidade é Moscovo tão grande como as pessoas contam?
Tenho muita vontade de viajar ao Leste.
Beijos.

Miss Lee disse...

na realidade, Moscovo é maior ainda!!
Venha e veja por si!

Anónimo disse...

Que sorte que tens!... ;)