quinta-feira, abril 26, 2007

Moscovo IV

Depois fomos à universidade, uma das torres de Stalin e um dos melhores pontos de vista da cidade. Aí está a Universidade Estatal de Moscovo. Pelo que nos disseram as russas, um dipoma desta escola abre portas em todo o lado, mas para o ter é preciso muito dinheiro e muito mérito…




e vista do outro lado do rio

O rio que atravessa Moscovo tem o mesmo nome da cidade. Tem também umas belas pontes!


Depois da universidade, já pouco me podia surpreender. Mas há mais seis torres como a do ensino. Aí está mais uma:

ao longe

ao perto

em pormenor

Mais um passeio por uma rua turística, comprar umas matrioskas, postais, beber café. Vive-se bem! Uma coisa que marcou estes dias em Moscovo foi o tempo incerto! Neste segundo dia passámos pelas quatro estações do ano! Esteve sol, nevou, fez frio e calor, choveu… foi tão surreal como: entrar num túnel (para atravessar a estrada) com sol, e sair do outro lado a nevar! Incrível!!
Eu sou uma nódoa para me lembrar de nomes… mas na rua comercial, que cujo nome começa por A, vimos umas coisas giras como:

um restaurante georgiano que mais parecia um cenáro da Cinderela

e bonitos exemplares de arquitectura.
No café, a Alina (amiga da amiga da Julka) disse-nos que podíamos dormir em casa dela naquela noite. Ora, a miúda é moscovita, mora sozinha perto do centro (15 minutos de metro comparados com 1 hora de comboio…) e tinha um quarto livre! Foi a puta da alegria!! A casa onde ficámos na primeira noite não deve ter mais de 30 metros quadrados. Apesar da boa vontade das pessoas, nós precisamos de um bocado mais. Aceitámos o convite de Alina e começamos a correr contra o relógio. Eram seis da tarde quando decidimos ir à outra casa buscar as trouxas. O último comboio que tínhamos de lá para o centro de Moscovo era pouco depois das 9… sendo que duas horas seriam passadas em viagem, e tínhamos que fazer 9 mochilas, bem como carregá-las, estávamos com um grande problema. Foi um contra relógio impressionante! Decidimos e apanhámos o metro para a estação. Pelo caminho:

conseguem ver o avôzinho lá ao fundo?
Apanhámos o comboio, corremos durante 15 minutos para a casa do bacano, onde chegámos por volta das 8h30. O que vale é que somos uma máquina do caraças. A Alice e a Aude ficaram na cidade. Tínham mochilas pequenas e menos duas pessoas sempre é menos comfusão. Chegados à estação de saída a Laura e a Lena foram à loja comprar chocolates para os nossos anfitriões, para dizer “obrigadinha, mas adeus!”. Eu, a Bárbara e os rapazes fomos a correr para o apartamento. Enquanto uns faziam as mochilas eu falava com uma das miúdas que mora na casa. Inventei uma desculpa esfarrapada, disse que íamos a uma festa e que depois não teríamos comboio para voltar, por isso íriamos dormir na estação de comboios. “Spaciba bolchoi” pela hospitalidade, toma lá uns chocolates e da próxima vez que aceitares hospedar 9 pessoas certifica-te que mudaste de casa antes!
Dez minutos para as nove e eu e o Kêlig estávamos a sair do apartamento, com as nossas mochilas, mais as das miúdas, sacos cama, etc. A volta para a estação demorou mais que a ida, obviamente. Pelo caminho encontramos Vaddim, o nosso anfitrião e contacto do Hospitality Club. “Foda-se! Que grande galo!”, pensei eu! “Ah!! Merde!” disse o Kê! Mas o homem foi tão simpático que nos ajudou a levar as cenas para a estação… toca de desbobinar a mesma desculpa, com o meu melhor sorriso e umas desculpas em russo (“izvinitze”)!
O Kê ainda teve o descernimento de ir à loja comprar umas cervejas para a viagem. “After all this running we could use a bit of relax” foi o argumento dele. Na boa. Afinal, ainda esperámos uns cinco minutos pelo resto do pessoal (foi lindo vê-los a correr pelo meio da floresta, com mochilas de 75 litros às costas!) e mais cinco pelo comboio. Foi demais, mas lá apanhámos o último comboio para o centro, todos rotinhos, mas cada um com uma “Botchkariof” na mão!
Mais uma hora no comboio a levar com todo o tipo de vendedores de todo o tipo de bagatelas e lá chegámos ao centro. Altura para comprar algo para a nossa nova anfitriã: vinho tinto! Quando chegámos a casa dela tive o meu primeiro contacto com a verdadeira hospitalidade russa! A rapariga fez uma festa! Estava tão contente de receber pessoas… pôs música, pôs-nos a dançar, riu a bandeiras despregadas… foi lindo! Depois do apartamento nos subúrbios quando nos vimos num apartamento normal, com grandes quartos e duas casas de banho tivemos todas as razões para fazer a festa! Dormimos que nem princesas e tivemos um pequeno almoço de reis! Adorei e hei-de agradecer à miúda para sempre!

1 comentário:

Bottled (em português, Botelho) disse...

Cara miss lee,

Juro-lhe que me vieram lágrimas aos olhos quando li aquilo com que presenteou a sua nova anfitriã.

Que presente memorável!!!!

Hic Hic Hurra (a babar-me convulsivamente)