"Janeiro fora, cresce o dia uma hora", sabedoria da D. Emília, a "senhora da limpeza" do ginásio que a je frequenta. É bem verdade! Já se notam os dias maiores... ainda há esperança, pessoal! A primavera está a chegar!
quarta-feira, fevereiro 04, 2009
já se nota
Cavaco Silva vetou fim do voto por correspondência dos emigrantes
Entenda-se que a esquerda é contra porque dos 4 deputados para a AR eleitos pelos emigrantes, 3 costumam ser PSD. Eu também sou esquerda, mas neste assunto estou com Cavaco! Os emigrantes têm tanto direito de votar como os não emigrantes. Só quem nunca emigrou pode achar o contrário. E só os emigrantes podem compreender a dor e a revolta que é, quando chegados à embaixada, nos dizem: "Desculpe, mas não pode votar!". É como se dissessem: "Como emigrou baixou de categoria na classificação dos cidadãos! Fica com este direito a menos, ok?"
Foi o que me aconteceu no referendo sobre o aborto. Estava na Estónia, não podia votar. Na altura, o Tribunal Constitucional decidiu que "o assunto em referendo (legalização da interrupção voluntária da gravidez) não era do interesse específico dos emigrantes". Uma ova!! À altura eu era emigrante e esse assunto muito me dizia respeito. É do meu interesse mais do que espefício!
Estou com Cavaco e não abro!
03.02.2009 - 16h41 Lusa
O Presidente da República vetou hoje a alteração à Lei Eleitoral que punha fim ao voto por correspondência dos emigrantes, argumentando que a proposta iria promover a abstenção eleitoral.
"A alteração agora proposta iria promover a abstenção eleitoral, como foi salientado pelo Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas, que chamou a atenção para as dificuldades inerentes ao exercício do voto presencial, o qual obrigaria milhares de pessoas a percorrerem centenas ou milhares de quilómetros para exercerem um direito fundamental", lê-se numa nota da Presidência da República.
Desta forma, é ainda referido na nota, por considerar que não existem motivos para a alteração proposta, e que, "ao invés, constitui um imperativo nacional combater a abstenção eleitoral e promover a ligação dos cidadãos emigrantes a Portugal", o chefe de Estado não promulgou o diploma.
A alteração à Lei Eleitoral para a Assembleia da República tinha sido aprovada no Parlamento a 19 de Dezembro, com os votos favoráveis da maioria socialista, PCP, BE e PEV.
As bancadas do PSD, do CDS-PP e o deputado não inscrito José Paulo Carvalho votaram contra o diploma, que necessitava do voto da maioria absoluta dos deputados em efectividade de funções.
Até agora, os emigrantes votavam por correspondência para as eleições legislativas e presencialmente (nos consulados) para as presidenciais.
Ou seja, conforme é referido da nota da Presidência da República, o diploma aprovado no Parlamento impunha, nas eleições para a Assembleia da República, "a exclusividade do voto presencial dos cidadãos residentes no estrangeiro, rompendo uma tradição enraizada há mais de trinta anos".
Na nota, onde a Presidência da República se refere ao direito ao voto dos emigrantes como "um direito fundamental", mas também como a "a manifestação de um laço cívico, político e afectivo com Portugal", são também enunciadas as duas únicas situações que em se poderia admitir "uma alteração deste alcance".
"Verificar-se que, ao fim de mais de trinta anos de vigência, o regime a que agora se pretendia pôr termo tinha dado azo à prática sistemática de fraudes ou ilícitos eleitorais, ou concluir-se que tal regime, que vigora desde 1976, é contrário aos princípios constitucionais", explicita o comunicado de Belém.
Contudo, é sublinhando, em mais de 30 anos não ficaram demonstradas situações de fraude, nem foram verificados "ilícitos eleitorais" praticados através do voto por correspondência.
"Pelo contrário, os resultados obtidos nos círculos da emigração nunca foram contestados pelas diversas forças político-partidárias, como nunca foi contestada a constitucionalidade do voto por correspondência nas eleições para a Assembleia da República", é ainda referido.
Além disso, sublinha ainda a Presidência da República, tendo em conta a dimensão da nossa rede consular, é "forçoso" concluir que esta seria incapaz de satisfazer em pleno as necessidades das comunidades portuguesas no estrangeiro.
Por outro lado, a Presidência da República lembra que, em relação a alguns países, não existem dados que permitem garantir uma "efectiva, adequada e atempada multiplicação dos locais de voto, num momento em que se aproxima o acto eleitoral".
"Por último, ao prever-se que a votação decorra durante três dias, colocam-se, entre outros, problemas como o da garantia da inviolabilidade das urnas situadas fora dos consulados, tal como foi sublinhado pelo Sindicato dos Trabalhadores Consulares, o que pode ameaçar a transparência eleitoral de uma forma até mais intensa do que o modelo de voto postal que actualmente vigora", é ainda acrescentando.
o DN (João Pedro Henriques) explica melhor
Foi o que me aconteceu no referendo sobre o aborto. Estava na Estónia, não podia votar. Na altura, o Tribunal Constitucional decidiu que "o assunto em referendo (legalização da interrupção voluntária da gravidez) não era do interesse específico dos emigrantes". Uma ova!! À altura eu era emigrante e esse assunto muito me dizia respeito. É do meu interesse mais do que espefício!
Estou com Cavaco e não abro!
03.02.2009 - 16h41 Lusa
O Presidente da República vetou hoje a alteração à Lei Eleitoral que punha fim ao voto por correspondência dos emigrantes, argumentando que a proposta iria promover a abstenção eleitoral.
"A alteração agora proposta iria promover a abstenção eleitoral, como foi salientado pelo Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas, que chamou a atenção para as dificuldades inerentes ao exercício do voto presencial, o qual obrigaria milhares de pessoas a percorrerem centenas ou milhares de quilómetros para exercerem um direito fundamental", lê-se numa nota da Presidência da República.
Desta forma, é ainda referido na nota, por considerar que não existem motivos para a alteração proposta, e que, "ao invés, constitui um imperativo nacional combater a abstenção eleitoral e promover a ligação dos cidadãos emigrantes a Portugal", o chefe de Estado não promulgou o diploma.
A alteração à Lei Eleitoral para a Assembleia da República tinha sido aprovada no Parlamento a 19 de Dezembro, com os votos favoráveis da maioria socialista, PCP, BE e PEV.
As bancadas do PSD, do CDS-PP e o deputado não inscrito José Paulo Carvalho votaram contra o diploma, que necessitava do voto da maioria absoluta dos deputados em efectividade de funções.
Até agora, os emigrantes votavam por correspondência para as eleições legislativas e presencialmente (nos consulados) para as presidenciais.
Ou seja, conforme é referido da nota da Presidência da República, o diploma aprovado no Parlamento impunha, nas eleições para a Assembleia da República, "a exclusividade do voto presencial dos cidadãos residentes no estrangeiro, rompendo uma tradição enraizada há mais de trinta anos".
Na nota, onde a Presidência da República se refere ao direito ao voto dos emigrantes como "um direito fundamental", mas também como a "a manifestação de um laço cívico, político e afectivo com Portugal", são também enunciadas as duas únicas situações que em se poderia admitir "uma alteração deste alcance".
"Verificar-se que, ao fim de mais de trinta anos de vigência, o regime a que agora se pretendia pôr termo tinha dado azo à prática sistemática de fraudes ou ilícitos eleitorais, ou concluir-se que tal regime, que vigora desde 1976, é contrário aos princípios constitucionais", explicita o comunicado de Belém.
Contudo, é sublinhando, em mais de 30 anos não ficaram demonstradas situações de fraude, nem foram verificados "ilícitos eleitorais" praticados através do voto por correspondência.
"Pelo contrário, os resultados obtidos nos círculos da emigração nunca foram contestados pelas diversas forças político-partidárias, como nunca foi contestada a constitucionalidade do voto por correspondência nas eleições para a Assembleia da República", é ainda referido.
Além disso, sublinha ainda a Presidência da República, tendo em conta a dimensão da nossa rede consular, é "forçoso" concluir que esta seria incapaz de satisfazer em pleno as necessidades das comunidades portuguesas no estrangeiro.
Por outro lado, a Presidência da República lembra que, em relação a alguns países, não existem dados que permitem garantir uma "efectiva, adequada e atempada multiplicação dos locais de voto, num momento em que se aproxima o acto eleitoral".
"Por último, ao prever-se que a votação decorra durante três dias, colocam-se, entre outros, problemas como o da garantia da inviolabilidade das urnas situadas fora dos consulados, tal como foi sublinhado pelo Sindicato dos Trabalhadores Consulares, o que pode ameaçar a transparência eleitoral de uma forma até mais intensa do que o modelo de voto postal que actualmente vigora", é ainda acrescentando.
o DN (João Pedro Henriques) explica melhor
Cavaco Silva devolveu à Assembleia a lei do PS que imporia o voto presencial nas legislativas. Para a aprovar de novo só com dois terços dos deputados. Um resultado impossível por desacordo do PS com o PSD. Resultado: o projecto morreu
segunda-feira, fevereiro 02, 2009
em defesa do (algum) jornalismo
Que o mundo da comunicação social, ou de alguma comunicação social, vai mal, isso já sabemos. Do que se passou no Comércio do Porto nem vale a pena falar, já que a própria classe parece ter esquecido o assunto e poucas ou nenhumas notícias (ou desenvolvimentos) têm vindo a lume sobre isto. Tudo está bem quando acaba bem... deve ser isso!
E que a crise tem as costas largas e serve como desculpa de muitas coisa... isso também já sabemos! É como eu. Tenho mau feitio e muitas vezes sou mal humorada/mal encarada. Então, quando o pessoal tá fodido ou não lhe apetece discutir como adultos, lá diz que eu sou assim e sou assado... agressiva, mal disposta, rezingona! Mesmo que eu esteja calma, com um tom de voz monocórdico e sem veias a saltarem-me do pescoço... tenho as costas largas! O mesmo se passa com a crise! Os grupos económicos (que detém os media, neste caso) até podem estar mal. Mas não me fodam!! De certeza que aproveitam para fazer saneamentos, disfarçados de despedimentos colectivos ou rescisões. "É a crise... temos que despedir", dizem. Não dizem "É a crise... temos que cortar para metade o salários dos administradores..."
Pela defesa de dois dos mais antigos títulos do jornalismo português, ASSINEM!
Pelo Diário de Notícias
e pelo Jornal de Notícias
porque, menos órgãos de comunicação social significa menos pluralismo! E quem perde é o leitor, o povo em geral! (ah! e não me digam que essas petições online não valem nada. O que não vale nada são atitudes derrotistas e comodistas!!)
E que a crise tem as costas largas e serve como desculpa de muitas coisa... isso também já sabemos! É como eu. Tenho mau feitio e muitas vezes sou mal humorada/mal encarada. Então, quando o pessoal tá fodido ou não lhe apetece discutir como adultos, lá diz que eu sou assim e sou assado... agressiva, mal disposta, rezingona! Mesmo que eu esteja calma, com um tom de voz monocórdico e sem veias a saltarem-me do pescoço... tenho as costas largas! O mesmo se passa com a crise! Os grupos económicos (que detém os media, neste caso) até podem estar mal. Mas não me fodam!! De certeza que aproveitam para fazer saneamentos, disfarçados de despedimentos colectivos ou rescisões. "É a crise... temos que despedir", dizem. Não dizem "É a crise... temos que cortar para metade o salários dos administradores..."
Pela defesa de dois dos mais antigos títulos do jornalismo português, ASSINEM!
Pelo Diário de Notícias
e pelo Jornal de Notícias
porque, menos órgãos de comunicação social significa menos pluralismo! E quem perde é o leitor, o povo em geral! (ah! e não me digam que essas petições online não valem nada. O que não vale nada são atitudes derrotistas e comodistas!!)
quinta-feira, janeiro 29, 2009
politiquices, paneleirices e filhas da putice!!
Este blog não é um espaço de reflexão política, nem mesmo de discussão sobre a mesma. Mas há coisas que me tiram do sério! E essas coisas prendem-se com momentos ou decisões em que os políticos (ou outros actores sociais) portugueses fazem os eleitores uns autênticos otários! Ou pelo menos tentam, afincadamente! Falo da moção de Sócrates com a inclusão do casamento gay e da candidatura ibérica ao mundial de 2018.
Ora vejamos: Enquanto defensora das liberdades (sexuais ou não) e apologista da não discriminação, fico contente que Sócrates inclua na sua moção o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Enquanto amiga de muitos gays e lésbicas, cidadã informada e crítica desta vida, repudio esta moção com quanta força tenho! Não acredito que seja vontade do Primeiro levar esta moção até ao fim e defenitivamente aprovar o casamento homossexual. Pura e simplesmente não acredito no que ele diz.
Se o PS quisesse MESMO aprovar o casamento homossexual já o teria feito, quando ainda tinha (sim, porque acredito que vai acabar) a maioria absoluta. Teria aprovado aquando da discussão pública, aquando das declarações discriminatórias da Ferreira Leita. Mas não o fez, com o argumento de que não estava previsto para esta legislatura.
Como esperam que o mesmo líder que decretou disciplina de voto sobre esta matéria a aprove passado algum tempo? Sócrates proibiu todos os deputados do PS de votarem livremente, em conformidade com a sua consciência e vontade popular(à excepção do meu conterrâneo Pedro Nuno Santos, ex-líder da JS que se tem batido pelo direitos dos homossexuais).
Como pode este homem, apenas uns meses depois, incluir o que antes proibiu na sua moção? É ridículo! Não acredito que seja um retrocesso ou uma mudança de política. Só acredito que seja mentira. Pior, uma mentira que tem como objectivo tentar sacar alguns votos aos homossexuais menos providos de inteligência crítica. Pois eu também acho que não conseguirá nada!! Porque esta malta não é parva nenhuma, porque os portugueses (eu quero acreditar) não se deixam enganar por argumentos falaciosos como o do que está e o que não está agendado para determinada legislatura.
Relembro a situação da legalização da interrupção voluntária da gravidez. Um referendo em 98, ganhou o NÃO. Após 9 anos de discussão pública, de movimentos civis radicais e de discursos inflamados, ainda assim, o PS não teve a coragem de aprovar a "lei do aborto", fazendo uso da sua maioria absoluta. O PS não teve a coragem política que se exige a um partido que governa um país!
Acham mesmo que agora, do pé para a mão, vão aprovar uma lei que determine a igualdade de direitos entre homo e heterossexuais?? NÃO NÃO NÃO! Eu não acredito!! É falso, é mentira! No máximo vão avançar para o referendo... o que vai consumir rios de dinheiro e papel, vais dividir a população, vais opor a igreja ao Estado, vai causar chatices entre amigos e onde me parece que ganhe o "Não", de novo. Se esta for a via escolhida, acredito que, daqui a 9 anos seja um governo verdadeiramente de esquerda a aprovar esta lei.
(Confesso que sou um bocado intolerante a esta situação de discriminação. Não me cabe na cabeça que um sistema possa dizer a um casal que se ama, ou não porque isso não interessa, que não se podem casar! Se o casamento é um contrato com benefícios fiscais e sociais para as partes e a situação fiscal, judicial ou social dos que pretendem casar em nada os impede de tal, porque raio há-de impedir o sexo? Simplesmente não faz sentido. Quem caralho este gajos se julgam para dizer, seja a quem for, que não se pode casar? Seja qual for a razão, muito menos o sexo! "Olhe desculpe, o senhor não se pode casar porque o seu noivo é do mesmo sexo que você" How stupid is that?)
Hipótese um: tudo o que disse está correcto e daqui a 9 anos estará Pedro Nuno Santos no governo e aprova esta merda sem dar satisfações a ninguém (o que não me parece tirânico já que estamos a falar de um direito fundamental de uma parte da população).
Hipótese dois: Sócrates lê este post e processa-me porque o chamo de mentiroso, o ataco na sua honra e o descrebilizo. A minha identidade de blogger é púbica e por isso vou dentro, defendo-me com tudo o que puder incluindo os meus amigos advogados que são todos PS. Torno-me uma defensora das liberdades sexuais (e não só), faço campanha e passo a ser conhecida como "a hetero que parece fufa, mas não é". Ganho a causa porque entretanto o governo de Sócrates caiu, a lei não foi aprovada e afinal eu tinha razão.
Hipótese três: Sócrates vem a público assumir a sua homossexualidade e anunciar o enlace com Diogo Infante. Serão o primeiro casal homossexual a dar o nó, em Portugal, em 2010, só para dar o exemplo. Seguem-se o Goucha e o Malato (cada um com o seu respectivo, claro!). Herman José permance para sempre um híbrido, porque não se consegue decidir, masvai às bodas todas dos famosos! Eu passo a ter um casório por mês e a luta passa a ser a possibilidade de adopção pelos novos casais.
Ainda estão a pensar no Diogo Infante? Eu explico. Lembram-se daqueles rumores que juntavam Sócrates e Infante? Recordem-se bem. Agora, atentem no facto de Diogo Infante ter sido nomeado para Director do Teatro Nacional D. Maria II. Sem lhe tirar o mérito que possa ter, uma nomeação, é sempre uma nomeação... e eu não acredito muito em coincidências!
E agora, a candidatura ao mundial 2018. Mas esses gajos pensam que nós somos parvos ou que somos estúpidos?? Portugal, esse país tão rico, constuiu 10 estádios de raíz para um simples Europeu. A candidatura exige apenas 6 estádios, mas nós, como somos ricos... bota construir! (só a título de curiosidade, a Suiça, esse país pobre, não construiu nenhum estádio para receber o campeonato que dividiu com a Áustria)
Os estádios construídos para 2004 estão a cair de podre e de abandono, de falta de público e de degredo (fora os dos 3 grandes). Refiro-me sobretudo aos estádios do Beira-mar e da União de Leiria, que são os que melhor conheço. Estão podres!! São estes mesmos estádios com os quais nos vamos candidatar ao mundial. É mentira!!
Se ganharmos essa candidatura (eu espero bem que não, porque aqui não se sabem fazer as coisas à suíço!), o mundial será 14 anos após o europeu. 14 anos!! Se, os estádios de 2004 chegaram a 2009 todos fodidos, estarão em condições para albergar um mundial daqui a 9 anos? Claro que não!! E com essa desculpa, nós construiremos mais estádios!! E como somos um país tão rico, se construímos 10 estádios para um europeu, não nos ficaremos com o mesmo número para um mundial!! Lá vai a taxa de desemprego entre imigrantes descer, para contento da Fereira Leite.
Vai ser um tal construir, à pressa e mal, sem planeamento (como o estádio de Coimbra, no meio da cidade, com maus acessos...). E tudo isto para quê? A Espanha é mais forte, vai ficar com a final (ou isso ou realizar-se-á em Olivença!). Para andarmos 20 dias com cabeça em água, em delírio total, cheios de turistas porcos, a vomitar futebol pelos olhos? Eu gostei imenso do Euro 2004, da agitação, do relvado sintético que havia no centro de Coimbra. Mas terá valido a pena?
Perdemos, ficamos com estádios que são uns mamarraxos dignos de uma comédia (de novo os do Beira mar e da união de Leiria) ou de uma casa de banho verde, devemos ter gasto tanto ou mais dinheiro do que aquele que gerámos... e o que nos resta?? bandeiras rasgadas ao dependuro em janelas sujas... é só isso que nos resta! Pois, a mim só me resta esperar que a Indonésia ganhe a candidatura, que aproveite para fazer um campeonato de surf ao mesmo tempo, e que, nessa altura, eu tenha dinheiro para lá ir. Prometo não ser uma turista porca!
Ora vejamos: Enquanto defensora das liberdades (sexuais ou não) e apologista da não discriminação, fico contente que Sócrates inclua na sua moção o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Enquanto amiga de muitos gays e lésbicas, cidadã informada e crítica desta vida, repudio esta moção com quanta força tenho! Não acredito que seja vontade do Primeiro levar esta moção até ao fim e defenitivamente aprovar o casamento homossexual. Pura e simplesmente não acredito no que ele diz.
Se o PS quisesse MESMO aprovar o casamento homossexual já o teria feito, quando ainda tinha (sim, porque acredito que vai acabar) a maioria absoluta. Teria aprovado aquando da discussão pública, aquando das declarações discriminatórias da Ferreira Leita. Mas não o fez, com o argumento de que não estava previsto para esta legislatura.
Como esperam que o mesmo líder que decretou disciplina de voto sobre esta matéria a aprove passado algum tempo? Sócrates proibiu todos os deputados do PS de votarem livremente, em conformidade com a sua consciência e vontade popular(à excepção do meu conterrâneo Pedro Nuno Santos, ex-líder da JS que se tem batido pelo direitos dos homossexuais).
Como pode este homem, apenas uns meses depois, incluir o que antes proibiu na sua moção? É ridículo! Não acredito que seja um retrocesso ou uma mudança de política. Só acredito que seja mentira. Pior, uma mentira que tem como objectivo tentar sacar alguns votos aos homossexuais menos providos de inteligência crítica. Pois eu também acho que não conseguirá nada!! Porque esta malta não é parva nenhuma, porque os portugueses (eu quero acreditar) não se deixam enganar por argumentos falaciosos como o do que está e o que não está agendado para determinada legislatura.
Relembro a situação da legalização da interrupção voluntária da gravidez. Um referendo em 98, ganhou o NÃO. Após 9 anos de discussão pública, de movimentos civis radicais e de discursos inflamados, ainda assim, o PS não teve a coragem de aprovar a "lei do aborto", fazendo uso da sua maioria absoluta. O PS não teve a coragem política que se exige a um partido que governa um país!
Acham mesmo que agora, do pé para a mão, vão aprovar uma lei que determine a igualdade de direitos entre homo e heterossexuais?? NÃO NÃO NÃO! Eu não acredito!! É falso, é mentira! No máximo vão avançar para o referendo... o que vai consumir rios de dinheiro e papel, vais dividir a população, vais opor a igreja ao Estado, vai causar chatices entre amigos e onde me parece que ganhe o "Não", de novo. Se esta for a via escolhida, acredito que, daqui a 9 anos seja um governo verdadeiramente de esquerda a aprovar esta lei.
(Confesso que sou um bocado intolerante a esta situação de discriminação. Não me cabe na cabeça que um sistema possa dizer a um casal que se ama, ou não porque isso não interessa, que não se podem casar! Se o casamento é um contrato com benefícios fiscais e sociais para as partes e a situação fiscal, judicial ou social dos que pretendem casar em nada os impede de tal, porque raio há-de impedir o sexo? Simplesmente não faz sentido. Quem caralho este gajos se julgam para dizer, seja a quem for, que não se pode casar? Seja qual for a razão, muito menos o sexo! "Olhe desculpe, o senhor não se pode casar porque o seu noivo é do mesmo sexo que você" How stupid is that?)
Hipótese um: tudo o que disse está correcto e daqui a 9 anos estará Pedro Nuno Santos no governo e aprova esta merda sem dar satisfações a ninguém (o que não me parece tirânico já que estamos a falar de um direito fundamental de uma parte da população).
Hipótese dois: Sócrates lê este post e processa-me porque o chamo de mentiroso, o ataco na sua honra e o descrebilizo. A minha identidade de blogger é púbica e por isso vou dentro, defendo-me com tudo o que puder incluindo os meus amigos advogados que são todos PS. Torno-me uma defensora das liberdades sexuais (e não só), faço campanha e passo a ser conhecida como "a hetero que parece fufa, mas não é". Ganho a causa porque entretanto o governo de Sócrates caiu, a lei não foi aprovada e afinal eu tinha razão.
Hipótese três: Sócrates vem a público assumir a sua homossexualidade e anunciar o enlace com Diogo Infante. Serão o primeiro casal homossexual a dar o nó, em Portugal, em 2010, só para dar o exemplo. Seguem-se o Goucha e o Malato (cada um com o seu respectivo, claro!). Herman José permance para sempre um híbrido, porque não se consegue decidir, masvai às bodas todas dos famosos! Eu passo a ter um casório por mês e a luta passa a ser a possibilidade de adopção pelos novos casais.
Ainda estão a pensar no Diogo Infante? Eu explico. Lembram-se daqueles rumores que juntavam Sócrates e Infante? Recordem-se bem. Agora, atentem no facto de Diogo Infante ter sido nomeado para Director do Teatro Nacional D. Maria II. Sem lhe tirar o mérito que possa ter, uma nomeação, é sempre uma nomeação... e eu não acredito muito em coincidências!
E agora, a candidatura ao mundial 2018. Mas esses gajos pensam que nós somos parvos ou que somos estúpidos?? Portugal, esse país tão rico, constuiu 10 estádios de raíz para um simples Europeu. A candidatura exige apenas 6 estádios, mas nós, como somos ricos... bota construir! (só a título de curiosidade, a Suiça, esse país pobre, não construiu nenhum estádio para receber o campeonato que dividiu com a Áustria)
Os estádios construídos para 2004 estão a cair de podre e de abandono, de falta de público e de degredo (fora os dos 3 grandes). Refiro-me sobretudo aos estádios do Beira-mar e da União de Leiria, que são os que melhor conheço. Estão podres!! São estes mesmos estádios com os quais nos vamos candidatar ao mundial. É mentira!!
Se ganharmos essa candidatura (eu espero bem que não, porque aqui não se sabem fazer as coisas à suíço!), o mundial será 14 anos após o europeu. 14 anos!! Se, os estádios de 2004 chegaram a 2009 todos fodidos, estarão em condições para albergar um mundial daqui a 9 anos? Claro que não!! E com essa desculpa, nós construiremos mais estádios!! E como somos um país tão rico, se construímos 10 estádios para um europeu, não nos ficaremos com o mesmo número para um mundial!! Lá vai a taxa de desemprego entre imigrantes descer, para contento da Fereira Leite.
Vai ser um tal construir, à pressa e mal, sem planeamento (como o estádio de Coimbra, no meio da cidade, com maus acessos...). E tudo isto para quê? A Espanha é mais forte, vai ficar com a final (ou isso ou realizar-se-á em Olivença!). Para andarmos 20 dias com cabeça em água, em delírio total, cheios de turistas porcos, a vomitar futebol pelos olhos? Eu gostei imenso do Euro 2004, da agitação, do relvado sintético que havia no centro de Coimbra. Mas terá valido a pena?
Perdemos, ficamos com estádios que são uns mamarraxos dignos de uma comédia (de novo os do Beira mar e da união de Leiria) ou de uma casa de banho verde, devemos ter gasto tanto ou mais dinheiro do que aquele que gerámos... e o que nos resta?? bandeiras rasgadas ao dependuro em janelas sujas... é só isso que nos resta! Pois, a mim só me resta esperar que a Indonésia ganhe a candidatura, que aproveite para fazer um campeonato de surf ao mesmo tempo, e que, nessa altura, eu tenha dinheiro para lá ir. Prometo não ser uma turista porca!
domingo, janeiro 25, 2009
Odete Odile
mais umas fotos, a trabalho
"Odete Odile" é uma criação coreográfica de Sara Vaz, que inclui workshop para crianças

em que elas dançam para uma câmara que está no chão.

também inclui a bailarina com menos roupa do que seria aconselhado para um espectáculo que se quer para crianças...

Odete e Odile são os cisnes do lago... A peça retrata apenas as várias facetas de um mesmo amor. (E uma estranha escolha de vestuário)
"Odete Odile" é uma criação coreográfica de Sara Vaz, que inclui workshop para crianças

em que elas dançam para uma câmara que está no chão.

também inclui a bailarina com menos roupa do que seria aconselhado para um espectáculo que se quer para crianças...

Odete e Odile são os cisnes do lago... A peça retrata apenas as várias facetas de um mesmo amor. (E uma estranha escolha de vestuário)
segunda-feira, janeiro 19, 2009
João Aguardela 1969 - 2009
Morreu ontem, aos 39 anos, João Aguardela. A voz dos Sitiados foi também um dos fundadores dos Linha da Frente e A Naifa. A solo teve os projectos Megafone (com 4 discos editados e que eu adoro) e Groovebox
"Aboio" - Megafone
só uma nota de repúdio à comunicação social nacional que (quase) nada diz sobre a morte de um incrível artista português. Repúdio especial à SIC que fez notícias de umas vacas que andavam hgoje a pastar na Praça de Espanha, na capital. Mas sopbre a morte de um artista da música portuguesa, nem uma linha no oráculo!
Encontrei uma referência na Ant3na:
aos bugalhudos olhos claros que tanto me disseram durantre a adolescência, a minha singela homenagem
"Aboio" - Megafone
só uma nota de repúdio à comunicação social nacional que (quase) nada diz sobre a morte de um incrível artista português. Repúdio especial à SIC que fez notícias de umas vacas que andavam hgoje a pastar na Praça de Espanha, na capital. Mas sopbre a morte de um artista da música portuguesa, nem uma linha no oráculo!
Encontrei uma referência na Ant3na:
"Para sempre associado ao hino "Vida de Marinheiro", João Aguardela faleceu este domingo às 18h no Hospital da Luz.
Compositor, letrista e vocalista dos Sitiados (1987), foi também uma espécie de reinventor da música tradiconal"
aos bugalhudos olhos claros que tanto me disseram durantre a adolescência, a minha singela homenagem
sexta-feira, janeiro 16, 2009
Português desaparecido em Berlim
I am writting to let you know about a portuguese guy that is missing in Berlin since the 10th January.

His name is Afonso Tiago, 27
he was last seen close to Berlin Ostbanhof, heading to ForsterStrasse, where he lived. He is a mechanichal engineer, working for a portuguese company (Active Space Technologies)
He is missing sice Friday night, after leaving the club where he was with some friends. He went home alone, but never got there.
I do not know this guy, but his friends are my friends and they are pretty worried.
you can find some more info here
http://www.findafonsotiago.blogspot.com/
if, by any chance, you see him, or have any news please contact
findafonsotiago@gmail.com
i always thought these kind of things only happens to others... but now that it is real, we need all the support we can get.
thanks a lot for your time to read this. it is not a joke, I swear!
desde sexta à noite que Afonso Tiago está desaparecido em Berlim. Eu não o conheço, mas conheço os amigos e partilho a sua preocupação. Passem a palavra e se souberem de alguma coisa comuniquem para findafonsotiago@gmail.com
His name is Afonso Tiago, 27
he was last seen close to Berlin Ostbanhof, heading to ForsterStrasse, where he lived. He is a mechanichal engineer, working for a portuguese company (Active Space Technologies)
He is missing sice Friday night, after leaving the club where he was with some friends. He went home alone, but never got there.
I do not know this guy, but his friends are my friends and they are pretty worried.
you can find some more info here
http://www.findafonsotiago.blogspot.com/
if, by any chance, you see him, or have any news please contact
findafonsotiago@gmail.com
i always thought these kind of things only happens to others... but now that it is real, we need all the support we can get.
thanks a lot for your time to read this. it is not a joke, I swear!
desde sexta à noite que Afonso Tiago está desaparecido em Berlim. Eu não o conheço, mas conheço os amigos e partilho a sua preocupação. Passem a palavra e se souberem de alguma coisa comuniquem para findafonsotiago@gmail.com
quinta-feira, janeiro 15, 2009
a Xica é cool!
Amigos,
a amiga Xica é capa e perfil da Le Cool Magazine de Lisboa, desta semana e da próxima!! Eu cá fico toda inchada de ver os amiguitos a darem-se bem, por esse mundo fora! Até acho que a Le Cool só tem a ganhar com a Xica! Um dia destes andarão as revistas (esta e esta)a disputar a Xicatéu!!
53 vezes Urray!
a amiga Xica é capa e perfil da Le Cool Magazine de Lisboa, desta semana e da próxima!! Eu cá fico toda inchada de ver os amiguitos a darem-se bem, por esse mundo fora! Até acho que a Le Cool só tem a ganhar com a Xica! Um dia destes andarão as revistas (esta e esta)a disputar a Xicatéu!!
53 vezes Urray!
terça-feira, janeiro 13, 2009
saudosismos e coisas afins
A 13 de Janeiro de 2007 parti rumo ao desconhecido. De ressaca, embarquei para Amesterdão onde tive seis horas para ver a cidade. De lá embarquei para Riga, onde dois portugueses me esperavam. Passados dois dias embarquei, desta feita num autocarro, para Tallinn. E aí começou a agrande aventura. Já se passaram dois anos.
a 13 de Janeiro de 2008 parti de novo rumo ao desconhecido. De directa, after a drum n bass party, embarquei para Londres. Lembro-me de sair do aeroporto e pensar: "Foda-se, é a primeira vez que venho ao Reino Unido e não vou passar do aeroporto". Embarquei para Wroclaw, onde aterrei no aeroporto mais pequeno que alguma vez vi. Estive uma semana num seminário sobre voluntariado para jovens com poucas oportunidades. Já se passou um ano.
tendo em conta que hoje, 13 Janeiro 2009, não planeio ir a lado nenhum, só me resta sonhar ocm o destino a dar ao meu dia 13 de Janeiro de 2010.
Aceito sugestões de bonitos aeroportos
ah!! e ontem, o meu sobrinho fez anos!!
a 13 de Janeiro de 2008 parti de novo rumo ao desconhecido. De directa, after a drum n bass party, embarquei para Londres. Lembro-me de sair do aeroporto e pensar: "Foda-se, é a primeira vez que venho ao Reino Unido e não vou passar do aeroporto". Embarquei para Wroclaw, onde aterrei no aeroporto mais pequeno que alguma vez vi. Estive uma semana num seminário sobre voluntariado para jovens com poucas oportunidades. Já se passou um ano.
tendo em conta que hoje, 13 Janeiro 2009, não planeio ir a lado nenhum, só me resta sonhar ocm o destino a dar ao meu dia 13 de Janeiro de 2010.
Aceito sugestões de bonitos aeroportos
ah!! e ontem, o meu sobrinho fez anos!!
sexta-feira, janeiro 09, 2009
footprints in the morning snow II
Hoje senti a neve a cair-me na cara. Já não sentia os flocos a derreterem contra a minha pele quente há mais de um ano, desde que voltei da Estónia. Lembrei-me do primeiro (verdadeiro) boneco que neve que fiz, aos 23 anos. Lembrei-me dos dias em que íamos fazer sku para as enconstas de Tallinn. Lembrei-me dos meus saltos para a neve a meio da sauna. E Lembrei-me de uma madrugada muito fria, já no final de 2007, em que vim para casa sozinha. Tinha nevado nessa madrugada e a Kristiina que morava comigo tinha ido para casa pouco antes de mim. Fui todo o caminho a seguir as suas pegadas embriagadas, marcadas a solas Converse. Nessa madrugada havia uma música que não me saía da cabeça...
terça-feira, janeiro 06, 2009
good news sometimes are also in the papers
Estónia iliba agitadores russos
06.01.2009
Um tribunal da Estónia ilibou ontem quatro cidadãos de origem russa de terem dirigido a agitação iniciada após o Governo ter decidido em 2007 mudar de sítio um monumento da era soviética, considerado por muitos estónios uma desagradável recordação de tempos de subordinação a Moscovo.
Mais de um terço dos estónios são de etnia russa e viram a transferência para um cemitério militar como um insulto às tropas soviéticas que caíram em combate durante a II Guerra Mundial.
O Ministério Público pretende recorrer da absolvição dos homens que eram acusados de terem dirigido os motins que abalaram a capital, Talinn. Nessa altura o Parlamento russo condenou unanimemente aquilo que considerou uma atitude "neonazi e revanchista" de uma grande parte da população da Estónia, país báltico que em 2004 entrou tanto para a NATO como para a União Europeia.
in Público
foi com grande satisfação que li esta notícia, esta semana. Um dos quatro "agitadores" é Mark Sirik, um dos jovens do meu projecto. De todo o tempo que estive na Estónia, foi um dos miúdos do meu trabalho com quem criei uma melhor relação. O Mark fala bem inglês, tem ambições de viajar e estudar no estranjeiro. Cedo percebeu que a Estónia, por muito bonita que seja, não é (ainda) um país democrático, socialmente coeso e em desenvolvimento.
Tinha feito 18 anos há pouquissimo tempo quando foi preso. Na noite dos primeiros motins (26 Abril 2007), Mark estava em casa a estudar porque tinha teste no dia seguinte. Mas o dia amanheceu com a polícia em casa dele a prendê-lo. Foi acusado de agitação social, de provocar o motim, de conduzir as hostes, de incitar à violência. Esteve preso alguns meses, nas piores condições que um puto pode estar.
Eui ainda estava na Estónia quando foi julgado a primeira vez. Foi ilibado, claro. O juís percebeu que Mark era só um bode expiatório, um puto com ideias diferentes que tinha amigos estranhos. Os amigos, os outros três presos, são adultos revolucionários. São "aliens", estonianos sem cidadania, etnicamente russos, mentalmente soviéticos. Esses é que têm ligações à organização nacionalista extremista russa "Nachi" (Nós). Esses é que, provavelmente, incitaram à violência.
Seja como for, acho que ninguém devia ser acusado de promover os motins. Eu estava lá e vi como aconteceu. O "efeito multidão", a massa descontrolada, agitada, nervosa, oprimida, tem um poder demolidor. Num minuto eram milhares de pessoas (não só russófonas, muitas estonianas e estrangeiras também)a gritarem "Pazor pazor" (vergonha vergonha), a assobiarem, a acusarem (e bem) o governo estoniano de ser fascista. No minuto seguinte, eram uma manada de búfalos que corria contra os polícias, as barreiras, os cães. foi o caos. a cidade ficou destruída durante algumas semanas. Eu tive medo, fui identificada pela polícia na rua sem nenhuma razão aparente. Fiquei em casa numa sexta à noite, com medo. Não fui trabalhar durante vários dias, porque o meu escritório estava fechado e os patrões estavam a ser interrogados. O país parou graças a um ataque (concertado) de hackers russos... e a união Europeia o que fez?? NADA!! Nos estados Bálticos, mebros da UE desde 2004, há milhares de pessoas sem passaporte, chamados "aliens", sem cidadania, nem pátria. São etnicamente russos, nascidos nas ex-repúblicas soviéticas. São a mão de obra barata, os que contribuem mesmo para a produção de riqueza. São cidadãos segregados a partir do momento em que vão para a escola!! E depois o governo não quer que cresçam revoltados? Ainda lhes tiram os símbolos da sua etnicidade?! Porra para isto!! É por estas e por outras que (quase) nunca escrevi sobre a condição social de ser estoniano, ou de ser russófono ou de ser estrangeiro no Báltico! Porque me irrita, me enoja, me deixa fora de mim! Porque os russófonos se descriminam antes de serem descriminados, porque os estonianos são uns nacionalistas parvos e sobretudo porque têm um governo de extrema direita, fascizóide que é tão totalitário como o anterior soviético!
um bem haja ao Mark, porque no início este post era só para partilhar a minha alegria de ele ter sido absolvido outra vez!
a aposta
quem me conhece bem sabe que eu não aposto. Não entro em rodas ou bolhas, não jogo poker, e sobe e desce só a feijões. Além disso não tenho sorte no bingo nem no euro milhões.
É uma questão de princípio, eu não jogo, não faço apostas. Mas hoje fiz uma. Apostei com uma amiga que mais depressa eu chegava aos 70 kilos do que ela acabava o curso (note-se que quando eu entrei para a faculdade ela já lá andava... e continua). Mas vamos fazer isto por partes.
Primeira parte - 5 quilos = 1 cadeira
valor da aposta - uma garrafa de vodka!
ou seja, no final de Fevereiro, quando nos encontrarmos vamos ver quem ganha!! Eu tenho que perder os 5 quilos e ela tem que fazer aquela cadeira que já anda para fazer há anos... Quem perder paga a garrafa de vodka! Se conseguirmos as duas (cenário mais provável) rachamos o preço da garrafa e desgraçamo-nos!
As hostilidades estão abertas! Aceitam-se apostas, garrafas de vodka e planos de dieta e estudo. As probabilidades são de 1/1. Miss Lee vs Dona Paula - faça já a sua aposta!!
É uma questão de princípio, eu não jogo, não faço apostas. Mas hoje fiz uma. Apostei com uma amiga que mais depressa eu chegava aos 70 kilos do que ela acabava o curso (note-se que quando eu entrei para a faculdade ela já lá andava... e continua). Mas vamos fazer isto por partes.
Primeira parte - 5 quilos = 1 cadeira
valor da aposta - uma garrafa de vodka!
ou seja, no final de Fevereiro, quando nos encontrarmos vamos ver quem ganha!! Eu tenho que perder os 5 quilos e ela tem que fazer aquela cadeira que já anda para fazer há anos... Quem perder paga a garrafa de vodka! Se conseguirmos as duas (cenário mais provável) rachamos o preço da garrafa e desgraçamo-nos!
As hostilidades estão abertas! Aceitam-se apostas, garrafas de vodka e planos de dieta e estudo. As probabilidades são de 1/1. Miss Lee vs Dona Paula - faça já a sua aposta!!
domingo, janeiro 04, 2009
para 2009, eu quero
Peel me a Grape
Peel me a grape, crush me some ice
Skin me a peach, save the fuzz for my pillow
Talk to me nice, talk to me nice
You've got to wine and dine me
Don't try to fool me bejewel me
Either amuse me or lose me
I'm getting hungry, peel me a grape
Pop me a cork, french me a fry
Crack me a nut, bring a bowl full of bon-bons
Chill me some wine, keep standing by
Just entertain me, champagne me
Show me you love me, kid glove me
Best way to cheer me, cashmere me
I'm getting hungry, peel me grape
Here's how to be an agreeable chap
Love me and leave me in luxury's lap
Hop when I holler, skip when I snap
When I say, "do it," jump to it
Send out for scotch, call me a cab
Cut me a rose, make my tea with the petals
Just hang around, pick up the tab
Never out think me, just mink me
Polar bear rug me, don't bug me
New Thunderbird me, you heard me
I'm getting hungry, peel me a grape
Para 2009, eu quero encontrar alguém a quem possa dizer estas coisas todas a cantar...
Além disso, ainda antes do ano acabar, fui dar sangue, fiz um batalhão de exames e inscrevi-me no ginásio. 2009 é o ano da decadência. O ano em que me aproximarei mais dos 30 do que soa 20. Vai ser um ano saudável! Boas entradas
segunda-feira, dezembro 29, 2008
quarta-feira, dezembro 24, 2008
ho ho ho

a todos os leitores, esporádicos e fiéis (um beijinho especial para os brasileiros) um feliz natal.
Tal como postei na Auberge desejo a todos vocês tudo de bom. Espero que recebam todas as prendinhas que pediram. Mas, mais do que isso, espero que aqueles desejos secretos, íntimos, impossíveis de pronunciar em voz alta, espero que esses desejos se realizem!
divirtam-se muito e atenção aos níveis de açúcar no sangue!
segunda-feira, dezembro 15, 2008
as pitas... desfalcadas!
aí está! Começou a época dos jantares de Natal, das trocas de prendas, dos copos e das rabanadas!! Eu como não gosto de rabanadas, fico-me pelo resto!
A época começou na sexta-feira com o jantar de natal da pós-graduação. Recebi uma garrafa de uma das bebidas de que menos gosto: Licor Beirão (mas ontem estive a ver a série do Manuel João na TV2 e quase me deu vontade de a abrir!).
O resultado do jantar: Malta com menos de 35 anos - 0
Malta com mais de 35 anos - 1.
Sim, porque eu ainda tenho uma reputação a manter em Coimbra!!
No sábado foi a vez das pitas soltarem a franga com as amigas. Um jantar de 12 fêmeas só podia acabar em shots de tequila... Recebi uma pinça, um gorro, uma chávena e uma embalagem de vaselina, directamente de Londres! Mas o jantar ficou marcado pela falta da amiga Milene, residente nas terras transandinas. Mas houve prendas para ela, na mesma. E nesta foto há muito espaço para se incluir a sua cabeça.
Resultado: Tequila - 1 Saudades - 0
da esquerda pa direita: Anita, Xana, Filipa, a Iria doutros posts, Joana e eu.
sexta-feira, dezembro 12, 2008
ah pois é

ontem recebi a notícia de mais um amigo meu que vai ser pai (é a segunda vez esta semana). Façam alguma coisa para que os nossos filhos tenham planeta!!
quinta-feira, dezembro 11, 2008
O que pensam os talentos portugueses acerca de Portugal?
deixo aqui um desafio a todos os portugueses que lêm este blog.
dois portugueses, Nuno Camacho e Luís Carvalho, investigadores da Faculdade de Economia da Universidade Erasmus de Roterdão, estão a desenvolver um estudo em que tentam perceber as percepções dos talentos Portugueses sobre as condições de vida e trabalho em Portugal e/ou no país onde se encontram a residir ou trabalhar.
Desta forma, precisam da nossa colaboração. O objectivo do nosso estudo é sugerir estratégias e acções para um melhor aproveitamento do talento e capital humano português (tanto o que temos em Portugal, como o que se encontra espalhado pelo mundo). Todas as respostas serão tratadas de forma confidencial.
eu soube deste apelo pelo Mind This GAP (Graduados abandonam Portugal) e já respondi.
Se trabalha/estuda em Portugal, p.f. utilize o link:
http://www.surveygizmo.com/s/77090/inqpt
Se trabalha/estuda fora de Portugal, p.f. utilize o link:
http://www.surveygizmo.com/s/77861/inqxpt
PS - Qualquer informação adicional ou comentário pode ser obtido através do envio de um e-mail para braingain.pt@gmail.com.
dois portugueses, Nuno Camacho e Luís Carvalho, investigadores da Faculdade de Economia da Universidade Erasmus de Roterdão, estão a desenvolver um estudo em que tentam perceber as percepções dos talentos Portugueses sobre as condições de vida e trabalho em Portugal e/ou no país onde se encontram a residir ou trabalhar.
Desta forma, precisam da nossa colaboração. O objectivo do nosso estudo é sugerir estratégias e acções para um melhor aproveitamento do talento e capital humano português (tanto o que temos em Portugal, como o que se encontra espalhado pelo mundo). Todas as respostas serão tratadas de forma confidencial.
eu soube deste apelo pelo Mind This GAP (Graduados abandonam Portugal) e já respondi.
Se trabalha/estuda em Portugal, p.f. utilize o link:
http://www.surveygizmo.com/s/77090/inqpt
Se trabalha/estuda fora de Portugal, p.f. utilize o link:
http://www.surveygizmo.com/s/77861/inqxpt
PS - Qualquer informação adicional ou comentário pode ser obtido através do envio de um e-mail para braingain.pt@gmail.com.
quarta-feira, dezembro 10, 2008
S. Petersburgo IV (ou HermitageII)
voltemos a S. Petersburgo, ou ao interior do Hermitage. Imaginem um Palácio, constituído por várias alas, em vários pisos. O Hermitage é um quarteirão inteiro! Mas eu só percebi isso depois de estar cá fora! Lá dentro fartei-me de andar por salas e corredores. a cada porta mil quadros gigantes. homens, mulheres, animais, paisagens... e azulejos, guerreiros, sarcófagos, múmias, velas, jóias... Puff!

um simples corredor...

e uma das salas que mais me impressionou: a sala do trono! Era mesmo este o trono e a sala dos czares. é uma sala gigante, em mármore, com os maiores candelabros dourados de sempre! e ali dentro sozinha, só me faltou o vestido para estar num baile, porque a música e o burburinho, eu já ouvia...

isto, meus amigos, é um bocado de um dos primeiros alfabetos de que há registo. as primeiras letras foram assim. Se calhar, não partilham este gosto comigo. Mas a linguagem é um sistema vivo, codificado e complexo incrível! E o que a escrita, a codificação da oralidade, fez à nossa civilização é brutal! O valor que não tem um papel que, através de letras (codificadas em texto) certifica ou atesta ou prova algo... Acho que é um bocado por isso que sou jornalista "do" papel. Sou fiel à tinta que inscreve para sempre num suporte físico o que eu digo, ou melhor, escrevo! Quando quiserem fazer história da minha cidade, hão-de ler muita coisa que eu escrevi.
bueno, se bem me lembro (é incrível que já se passou um ano e 8 meses!!) o Hermitage divide a arte em pisos. o piso da entrada tem, além das peças de cima, os restos de artes neolítica, muitas pedras, até chegar aos egípcio e romano. há poucos artefactos africanos, mas os asiáticos compensam. depois há outro piso, com muitos quadros, muitos retratos, muito veludo e ouro, azulejos e madeira... e havia um terceiro piso... havia, mas eu não o vi! Eu perdi-me completramente. Nunca tinha estado (nem voltei a estar) num museu tão grande e não calculei bem as coisas, dei muito tempo a muitas peças. Consequentemente, não vi o terceiro piso... Não vi Matisse, nem Picasso, nem Renoir, nem vi nada que fosse posterior ao século XX. Só cá fora, horas depois, cansada, com fome, alegre, extasiada é que, a falar com o pessoal e a ver as fotos de cada um, me apercebi do que tinha acontecido. perdi uma parte brutal do Hermitage, mas não importa! Vou lá voltar =)
um simples corredor...
e uma das salas que mais me impressionou: a sala do trono! Era mesmo este o trono e a sala dos czares. é uma sala gigante, em mármore, com os maiores candelabros dourados de sempre! e ali dentro sozinha, só me faltou o vestido para estar num baile, porque a música e o burburinho, eu já ouvia...
isto, meus amigos, é um bocado de um dos primeiros alfabetos de que há registo. as primeiras letras foram assim. Se calhar, não partilham este gosto comigo. Mas a linguagem é um sistema vivo, codificado e complexo incrível! E o que a escrita, a codificação da oralidade, fez à nossa civilização é brutal! O valor que não tem um papel que, através de letras (codificadas em texto) certifica ou atesta ou prova algo... Acho que é um bocado por isso que sou jornalista "do" papel. Sou fiel à tinta que inscreve para sempre num suporte físico o que eu digo, ou melhor, escrevo! Quando quiserem fazer história da minha cidade, hão-de ler muita coisa que eu escrevi.
bueno, se bem me lembro (é incrível que já se passou um ano e 8 meses!!) o Hermitage divide a arte em pisos. o piso da entrada tem, além das peças de cima, os restos de artes neolítica, muitas pedras, até chegar aos egípcio e romano. há poucos artefactos africanos, mas os asiáticos compensam. depois há outro piso, com muitos quadros, muitos retratos, muito veludo e ouro, azulejos e madeira... e havia um terceiro piso... havia, mas eu não o vi! Eu perdi-me completramente. Nunca tinha estado (nem voltei a estar) num museu tão grande e não calculei bem as coisas, dei muito tempo a muitas peças. Consequentemente, não vi o terceiro piso... Não vi Matisse, nem Picasso, nem Renoir, nem vi nada que fosse posterior ao século XX. Só cá fora, horas depois, cansada, com fome, alegre, extasiada é que, a falar com o pessoal e a ver as fotos de cada um, me apercebi do que tinha acontecido. perdi uma parte brutal do Hermitage, mas não importa! Vou lá voltar =)
quinta-feira, dezembro 04, 2008
"Music for a while"
Há uns dias publiquei um artigo sobre a minha amiga Iria Perestrelo. Embora o artigo da Pública descreva bem o espírtito da cantora, não mostra (até porque o retirei da edição do Público para cegos), não dá a ouvir. Então, aqui fica:
"Music for a while" de Henry Purcell, por Iria Perestrelo
From Natasha and Marina Pikoul's operetta 'The Master and Margarita' with lyrics by Richard Tomes
"Music for a while" de Henry Purcell, por Iria Perestrelo
From Natasha and Marina Pikoul's operetta 'The Master and Margarita' with lyrics by Richard Tomes
Voluntariado vale quase 700 milhões
Amanhã comemora-se o Dia Internacional do Voluntário. A efeméride é reconheida pelas Nações Unidas. É um dia em que se pretende que os voluntários de todo o mundo sejam reconhecidos e celebrados pelos seus contributos e dedicação.
Eu aqui os celebro e congratulo com uma pequena notícia Lusa. É que às vezes as pessoas só dão valor às coisas quando os resultados se traduzem em dinheiro... Ora, um voluntário trabalha sempre por amor a muita coisa que não se traduza em dinheiro...
Lusa
Eu aqui os celebro e congratulo com uma pequena notícia Lusa. É que às vezes as pessoas só dão valor às coisas quando os resultados se traduzem em dinheiro... Ora, um voluntário trabalha sempre por amor a muita coisa que não se traduza em dinheiro...
Mais de 1,5 milhões de portugueses dedicam parte do seu tempo aos outros sem receber nada em troca, mas, se fosse remunerado, o trabalho dos voluntários activos valeria 675 milhões de euros por ano, revela um estudo da Universidade Católica.
As organizações sem fins lucrativos "envolvem a energia de quase um quarto de milhão de trabalhadores equivalentes a tempo inteiro", revela o estudo coordenado pela investigadora Raquel Campos Franco, da Universidade Católica de Lisboa (UCP).
Nas associações alguns têm horários "normais", outros trabalham apenas alguns dias por semana e há quem dedique apenas algumas horas ao projecto. Neste sector, dois em cada três trabalhadores são remunerados e o "terceiro" é um voluntário, segundo o relatório da UCP.
Segundo o Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado, existem mais de 1,5 milhões de voluntários, mas muitos não estão no activo e outros só podem dispor de algumas horas por semana.
Lusa
quinta-feira, novembro 27, 2008
terça-feira, novembro 25, 2008
Iria Perestrelo: "Não é só abrir a boca e cantar"
aqui vos deixo a peça da Pública sobre a minha amiguinha Iria Perestrelo. É a amiga cantora de ópera e que me acolheu em Londres, de quem já aqui falei mais do que uma vez. É a menina que vai ser diva, um dia! E nessa altura, como dantes, lá estarei, mais do que a aplaudir, a assobiar e aos berros, para que a Iria saiba sempre onde estão as suas amigas, a sua âncora!
"Foi uma das duas melhores alunas no primeiro ano da Guildhall School of Music and Drama de Londres. Está no terceiro ano e dá voz a um grupo de música barroca e a outro de bossa nova. É soprano ligeiro, flexível para qualquer estilo.
Numa mão o diploma de Canto, na outra o de Ciência da Informação. Licenciatura terminada, um estágio pela frente no gabinete de documentação e património histórico da Associação Empresarial de Portugal, que durou meio ano. A música, presente desde os seis anos de idade, falou mais alto e o jornalismo, profissão que tinha debaixo de olho, acabou por ficar de lado. Opiniões e conselhos de amigos que estudaram em Londres aguçaram o apetite e a apresentação de candidaturas a três escolas inglesas não tardaram. "A música faz parte da minha vida. Ficaria frustrada se não seguisse esse caminho porque achava que tinha potencialidades." Iria Perestrelo acabou por ser seleccionada por duas escolas londrinas, optou pela mais conceituada, instalada no coração de Londres.
No primeiro ano, a sua voz destacou-se na turma de 25 alunos. Ela e uma colega foram consideradas as melhores e, por isso, eleitas para representar a escola na competição Kathleen Ferrier Bursary, que elege os melhores jovens alunos de Canto de Inglaterra, Escócia e Irlanda. A competição aconteceu em Outubro do ano passado entre perto de 20 concorrentes. "Fiz a prova, mas não passei à final." Valeu pela experiência.
Neste momento, Iria está no terceiro ano - começou por estudar Canto com a professora Penelope Mackay, está agora com Susan Waters, discípula da italiana Laura Santi - e dá voz a um grupo de música antiga barroca, Prince and Pauper Consort de seu nome, que propõe uma viagem pelos sons mais aristocratas, como um mergulho pelos ritmos mais tradicionais. Duas inglesas, uma alemã e um inglês com origem argentina integram o elenco da formação que utiliza cravo, flauta barroca, oboé, violoncelo barroco, gaita-de-foles, e alguma percussão quando é necessário, para interpretar melodias dos séculos XVII e XVIII. Actuam sobretudo em igrejas, já estiveram numa festa particular de uma família polaca que vive em Londres e foram seleccionados para participar num festival de música antiga em Brighton no final de Outubro. Um festival que inclui actuações em bares e workshops para crianças, adultos e idosos. Iria canta também Tom Jobim, Chico Buarque, entre outros, num grupo de bossa nova que, de quando em vez, pisa o palco do bar da escola. O colega português Tiago da Neta toca guitarra e o grupo chama-se Bossa da Neta.
Três empregos para aguentar-se em Londres. No bar e bilheteira de espectáculos da escola londrina e num restaurante que é responsável pelos comes e bebes das figuras da música pop, rock e heavy metal na noite dos british awards. Já viu de perto, em trabalho, Björk, Amy Winehouse, Iggy Pop. No mês de Agosto, fez parte da equipa de limpeza da sua residencial de estudantes, que durante as férias se transforma em hotel. E já fez os testes para trabalhar num novo espaço londrino que, revela, "pretende imitar um restaurante de Paris, em que os cantores estão disfarçados de serventes e, em vez de comida, 'oferecem ópera'".
A jovem gere os part-times semana a semana, de acordo com a sua disponibilidade. O Governo britânico assegura-lhe as propinas, que rondam os cinco mil euros por ano, através de um empréstimo. O valor tem de ser reembolsado quando começar a trabalhar e amealhar uma certa quantia. Ficam as despesas da residência, alimentação e outros gastos para suportar. "Era importante diversificar-se o investimento em novos talentos", comenta. Na sua opinião, as instituições públicas e privadas portuguesas deviam ajudar mais quem começa uma carreira artística.
As aulas começam habitualmente às 9h30, por vezes não há intervalos para almoço, e a partir das 18h não há alunos na escola. Segue-se o trabalho duas ou três noites por semana, uma tarde quando há oportunidade. Seja como for, os estudos não podem ficar para trás. Trabalha diariamente a voz não mais de duas horas seguidas, como mandam as regras. Mas há sempre coisas para fazer. "A leitura da peça, trabalhar a língua, a fonética, dominar o texto pela interpretação, perceber a mensagem, colocar o estilo." "Não é só cantar... abrir a boca e cantar. É preciso pôr a peça no corpo... a partir daí a peça começa a ser nossa." O tempo ainda estica para assistir a ensaios gerais de espectáculos de ópera, privilégio dos alunos da escola, para ver musicais ou ir a concertos. "Não posso dar-me ao luxo de ser desorganizada, sou muito metódica."
Já pisou quase todos os palcos do Porto a solo ou em orquestra. Iria recorda, com um sabor especial, a presença na Casa da Música em representação da classe de Canto no concerto final do Conservatório de Música do Porto, onde cantou a solo uma ária de Donizetti. Como a interpretação da obra Carmina Burana com a Orquestra Nacional do Porto no Coliseu portuense e mais tarde num castelo medieval de Piacenza em Itália. Ou ainda a participação na ópera Zoocratas de Filipe Pires no Teatro Nacional de São Carlos, bem como a actuação no Rivoli com o grupo AquiJazz da Escola de Música e Artes do Espectáculo do Porto. Em 2005 frequentou o curso de formação de Animadores Musicais promovido pela direcção de Educação e Investigação da Casa da Música.
Começou por estudar piano, instrumento que ainda hoje toca para acompanhar os ensaios da voz, aos seis anos na Academia de Música de São João da Madeira. A adolescência foi uma etapa complicada, mas decisiva, altura em que se inscreveu na disciplina de Canto. "É sempre uma fase difícil, em que não se reconhece a beleza da música e estuda-se a técnica dos dedos. Passada essa fase, toca-se peças mais ambiciosas", recorda. Lá em casa há quem perceba da arte e Iria não deve ter sido imune a alguns conselhos. A mãe é professora de Música.
"Agora estou certa de que ir para Londres foi a melhor decisão." Não há arrependimento. A jovem garante que tem os pés bem assentes na terra. "A minha voz é semelhante a muitas outras e, neste momento, é difícil ser original." De qualquer forma, a vontade persiste. "Quero cantar em todo o lado e quando me sentir preparada farei audições para casas de ópera." Os relatórios que vai recebendo na escola, que destacam o seu talento, abonam a seu favor. Acabar o curso de quatro anos, seguir para a pós-graduação de dois, passar para o mestrado na área de ópera durante mais dois anos. "Penso que é inevitável fazer este percurso", admite. "É como um jogador de futebol que tem de continuar a jogar para ser chamado à selecção.""
,in Pública, suplemento do jornal Público
Texto Sara Dias Oliveira
Não é só abrir a boca e cantar
"Foi uma das duas melhores alunas no primeiro ano da Guildhall School of Music and Drama de Londres. Está no terceiro ano e dá voz a um grupo de música barroca e a outro de bossa nova. É soprano ligeiro, flexível para qualquer estilo.
Numa mão o diploma de Canto, na outra o de Ciência da Informação. Licenciatura terminada, um estágio pela frente no gabinete de documentação e património histórico da Associação Empresarial de Portugal, que durou meio ano. A música, presente desde os seis anos de idade, falou mais alto e o jornalismo, profissão que tinha debaixo de olho, acabou por ficar de lado. Opiniões e conselhos de amigos que estudaram em Londres aguçaram o apetite e a apresentação de candidaturas a três escolas inglesas não tardaram. "A música faz parte da minha vida. Ficaria frustrada se não seguisse esse caminho porque achava que tinha potencialidades." Iria Perestrelo acabou por ser seleccionada por duas escolas londrinas, optou pela mais conceituada, instalada no coração de Londres.
No primeiro ano, a sua voz destacou-se na turma de 25 alunos. Ela e uma colega foram consideradas as melhores e, por isso, eleitas para representar a escola na competição Kathleen Ferrier Bursary, que elege os melhores jovens alunos de Canto de Inglaterra, Escócia e Irlanda. A competição aconteceu em Outubro do ano passado entre perto de 20 concorrentes. "Fiz a prova, mas não passei à final." Valeu pela experiência.
Neste momento, Iria está no terceiro ano - começou por estudar Canto com a professora Penelope Mackay, está agora com Susan Waters, discípula da italiana Laura Santi - e dá voz a um grupo de música antiga barroca, Prince and Pauper Consort de seu nome, que propõe uma viagem pelos sons mais aristocratas, como um mergulho pelos ritmos mais tradicionais. Duas inglesas, uma alemã e um inglês com origem argentina integram o elenco da formação que utiliza cravo, flauta barroca, oboé, violoncelo barroco, gaita-de-foles, e alguma percussão quando é necessário, para interpretar melodias dos séculos XVII e XVIII. Actuam sobretudo em igrejas, já estiveram numa festa particular de uma família polaca que vive em Londres e foram seleccionados para participar num festival de música antiga em Brighton no final de Outubro. Um festival que inclui actuações em bares e workshops para crianças, adultos e idosos. Iria canta também Tom Jobim, Chico Buarque, entre outros, num grupo de bossa nova que, de quando em vez, pisa o palco do bar da escola. O colega português Tiago da Neta toca guitarra e o grupo chama-se Bossa da Neta.
Três empregos para aguentar-se em Londres. No bar e bilheteira de espectáculos da escola londrina e num restaurante que é responsável pelos comes e bebes das figuras da música pop, rock e heavy metal na noite dos british awards. Já viu de perto, em trabalho, Björk, Amy Winehouse, Iggy Pop. No mês de Agosto, fez parte da equipa de limpeza da sua residencial de estudantes, que durante as férias se transforma em hotel. E já fez os testes para trabalhar num novo espaço londrino que, revela, "pretende imitar um restaurante de Paris, em que os cantores estão disfarçados de serventes e, em vez de comida, 'oferecem ópera'".
A jovem gere os part-times semana a semana, de acordo com a sua disponibilidade. O Governo britânico assegura-lhe as propinas, que rondam os cinco mil euros por ano, através de um empréstimo. O valor tem de ser reembolsado quando começar a trabalhar e amealhar uma certa quantia. Ficam as despesas da residência, alimentação e outros gastos para suportar. "Era importante diversificar-se o investimento em novos talentos", comenta. Na sua opinião, as instituições públicas e privadas portuguesas deviam ajudar mais quem começa uma carreira artística.
As aulas começam habitualmente às 9h30, por vezes não há intervalos para almoço, e a partir das 18h não há alunos na escola. Segue-se o trabalho duas ou três noites por semana, uma tarde quando há oportunidade. Seja como for, os estudos não podem ficar para trás. Trabalha diariamente a voz não mais de duas horas seguidas, como mandam as regras. Mas há sempre coisas para fazer. "A leitura da peça, trabalhar a língua, a fonética, dominar o texto pela interpretação, perceber a mensagem, colocar o estilo." "Não é só cantar... abrir a boca e cantar. É preciso pôr a peça no corpo... a partir daí a peça começa a ser nossa." O tempo ainda estica para assistir a ensaios gerais de espectáculos de ópera, privilégio dos alunos da escola, para ver musicais ou ir a concertos. "Não posso dar-me ao luxo de ser desorganizada, sou muito metódica."
Já pisou quase todos os palcos do Porto a solo ou em orquestra. Iria recorda, com um sabor especial, a presença na Casa da Música em representação da classe de Canto no concerto final do Conservatório de Música do Porto, onde cantou a solo uma ária de Donizetti. Como a interpretação da obra Carmina Burana com a Orquestra Nacional do Porto no Coliseu portuense e mais tarde num castelo medieval de Piacenza em Itália. Ou ainda a participação na ópera Zoocratas de Filipe Pires no Teatro Nacional de São Carlos, bem como a actuação no Rivoli com o grupo AquiJazz da Escola de Música e Artes do Espectáculo do Porto. Em 2005 frequentou o curso de formação de Animadores Musicais promovido pela direcção de Educação e Investigação da Casa da Música.
Começou por estudar piano, instrumento que ainda hoje toca para acompanhar os ensaios da voz, aos seis anos na Academia de Música de São João da Madeira. A adolescência foi uma etapa complicada, mas decisiva, altura em que se inscreveu na disciplina de Canto. "É sempre uma fase difícil, em que não se reconhece a beleza da música e estuda-se a técnica dos dedos. Passada essa fase, toca-se peças mais ambiciosas", recorda. Lá em casa há quem perceba da arte e Iria não deve ter sido imune a alguns conselhos. A mãe é professora de Música.
"Agora estou certa de que ir para Londres foi a melhor decisão." Não há arrependimento. A jovem garante que tem os pés bem assentes na terra. "A minha voz é semelhante a muitas outras e, neste momento, é difícil ser original." De qualquer forma, a vontade persiste. "Quero cantar em todo o lado e quando me sentir preparada farei audições para casas de ópera." Os relatórios que vai recebendo na escola, que destacam o seu talento, abonam a seu favor. Acabar o curso de quatro anos, seguir para a pós-graduação de dois, passar para o mestrado na área de ópera durante mais dois anos. "Penso que é inevitável fazer este percurso", admite. "É como um jogador de futebol que tem de continuar a jogar para ser chamado à selecção.""
,in Pública, suplemento do jornal Público
Texto Sara Dias Oliveira
segunda-feira, novembro 24, 2008
em defesa da língua mirandesa
para defender, divulgar e proteger uma língua que é nossa como o português, aqui vos deixo mais um texto escrito em Mirandês. A crónia é de Amadeu Ferreira e intitula-se:
Fizo dieç anhos l atrasado die 19 de Nobembre que la Assemblé de la República aprobou, por aclamaçon, la que bieno a ser, apuis de salida ne l Diário de la República, la lei n.º 7/99, tamien coincida cumo lei de l mirandés, apersentada pul deputado socialista i mirandés, Júlio Meirinhos. Ye amportante pensar subre l que passou dende para acá, subre l que essa lei mos trouxo ou deixou de mos traier. Anque seia ua lei cun quaije todos ls defeitos de l mundo, adonde falta quaije todo, eilha trouxo-mos algo essencial: reconhece ls dreitos de ls falantes de lhéngua mirandesa; anque nada crie, pus esses dreitos nacírun cula lhéngua, apregona-los als quatro aires; anque quaije nada dá ou eisige, cumpormete l stado pertués, a nible nacional i lhocal, cun aqueilhes dreitos. Por esso, podemos dezir: inda bien que essa lei se fizo, pus ye melhor que eisista essa do que nanhue; i ua lei mais cumpleta nun quier dezir que resolbisse las cousas, pus stamos afeitos a que las leis nun séian cumpridas, a ampeçar por quien las faç i se ua lei tan simpres cumo aqueilha lei n.º 7/99 nun ye cumprida pul stado, menos inda lo iba a ser ua lei mais cumpleta i cumplexa, que fazie falta.
Dieç anhos passados, houbo ua cousa eissencial que demudou cun la aprobaçon de la lei: ganhou outras raízes la proua cula lhéngua mirandesa, al menos pul mais de ls sous falantes, al punto de haber acabado quien faga caçuada de la lhéngua i de ls que la fálan. Ye berdade que se refinórun las eideias de ls que stan contra eilha i que l sou maior gusto serie calhá-la ou calhar aqueilhes que la fálan ou la scríben ou algo fázen por eilha, mas ye mui fácele coincer essa giente pus la sue marca stá a la bista, bonda ber ls sous feitos, quier dezir, l que nun fázen. Assi i todo, puode dezir-se que la proua cula lhéngua ye hoije un menumiento que yá nun se sbarrulha, i agarrada a eilha ben la proua cul pobo que la fala i que al lhargo de seclos la trouxo até als nuossos dies. Essa proua inda nun le bieno a traier pan a quaije naide, anque la lhéngua seia l mais amportante balor eiquenómico de la tierra de Miranda, mas yá le bieno a traier mais felcidade i mais bien star a muita giente, bieno a traier mais respeito por nós mesmos, abriu-le la puorta a nuobos suonhos, fizo correr nuobas fuontes de criatebiadade cultural, lhiteraira i artística an giral, ajudou a anchir muitos dies bazius ou perdidos por caminos sien sentido i sien antresse, criou ua mais fuorte lhigaçon antre ls mirandeses, trouxo al paíç l ampeço dua nuoba cuncéncia lhenguística.
La proua de que stou a falar ye l mais amportante, pus tamien ye de ls mirandeses que depende l eissencial an relaçon a la sue lhéngua mirandesa, nun depende de l stado ou de stranhos, ou de ajudas de fuora, anque seia bien benida toda la ajuda, de todos ls lhados. Sien nós ye que nada se puode fazer i nós, para podermos fazer algo i cada beç mais, tenemos de acraditar que bal la pena i, cumo se dixo hai dies nua eileiçon amaricana, tenemos que acraditar que somos capazes. Será que queremos?
in, Público 24.11.2008
Amadeu Ferreira - amadeujf@gmail.com
Dieç anhos de proua
Fizo dieç anhos l atrasado die 19 de Nobembre que la Assemblé de la República aprobou, por aclamaçon, la que bieno a ser, apuis de salida ne l Diário de la República, la lei n.º 7/99, tamien coincida cumo lei de l mirandés, apersentada pul deputado socialista i mirandés, Júlio Meirinhos. Ye amportante pensar subre l que passou dende para acá, subre l que essa lei mos trouxo ou deixou de mos traier. Anque seia ua lei cun quaije todos ls defeitos de l mundo, adonde falta quaije todo, eilha trouxo-mos algo essencial: reconhece ls dreitos de ls falantes de lhéngua mirandesa; anque nada crie, pus esses dreitos nacírun cula lhéngua, apregona-los als quatro aires; anque quaije nada dá ou eisige, cumpormete l stado pertués, a nible nacional i lhocal, cun aqueilhes dreitos. Por esso, podemos dezir: inda bien que essa lei se fizo, pus ye melhor que eisista essa do que nanhue; i ua lei mais cumpleta nun quier dezir que resolbisse las cousas, pus stamos afeitos a que las leis nun séian cumpridas, a ampeçar por quien las faç i se ua lei tan simpres cumo aqueilha lei n.º 7/99 nun ye cumprida pul stado, menos inda lo iba a ser ua lei mais cumpleta i cumplexa, que fazie falta.
Dieç anhos passados, houbo ua cousa eissencial que demudou cun la aprobaçon de la lei: ganhou outras raízes la proua cula lhéngua mirandesa, al menos pul mais de ls sous falantes, al punto de haber acabado quien faga caçuada de la lhéngua i de ls que la fálan. Ye berdade que se refinórun las eideias de ls que stan contra eilha i que l sou maior gusto serie calhá-la ou calhar aqueilhes que la fálan ou la scríben ou algo fázen por eilha, mas ye mui fácele coincer essa giente pus la sue marca stá a la bista, bonda ber ls sous feitos, quier dezir, l que nun fázen. Assi i todo, puode dezir-se que la proua cula lhéngua ye hoije un menumiento que yá nun se sbarrulha, i agarrada a eilha ben la proua cul pobo que la fala i que al lhargo de seclos la trouxo até als nuossos dies. Essa proua inda nun le bieno a traier pan a quaije naide, anque la lhéngua seia l mais amportante balor eiquenómico de la tierra de Miranda, mas yá le bieno a traier mais felcidade i mais bien star a muita giente, bieno a traier mais respeito por nós mesmos, abriu-le la puorta a nuobos suonhos, fizo correr nuobas fuontes de criatebiadade cultural, lhiteraira i artística an giral, ajudou a anchir muitos dies bazius ou perdidos por caminos sien sentido i sien antresse, criou ua mais fuorte lhigaçon antre ls mirandeses, trouxo al paíç l ampeço dua nuoba cuncéncia lhenguística.
La proua de que stou a falar ye l mais amportante, pus tamien ye de ls mirandeses que depende l eissencial an relaçon a la sue lhéngua mirandesa, nun depende de l stado ou de stranhos, ou de ajudas de fuora, anque seia bien benida toda la ajuda, de todos ls lhados. Sien nós ye que nada se puode fazer i nós, para podermos fazer algo i cada beç mais, tenemos de acraditar que bal la pena i, cumo se dixo hai dies nua eileiçon amaricana, tenemos que acraditar que somos capazes. Será que queremos?
in, Público 24.11.2008
Amadeu Ferreira - amadeujf@gmail.com
quinta-feira, novembro 20, 2008
São Petersburgo III
Este post podia também chamar-se "Hermitage I", porque versa (e também mostra) um bocadinho, ínfimo, do Hermitage Museu Estatal.
Se bem me lembro do que dizia o Guide Du Routard, na altura, este é o maior museu do mundo em número de peças. São cerca de 3 milhões. Dizia o guia que se dedicássemos um minuto a cada peça exposta (e nunca estão ao mesmo tempo os 3 milhões) passaríamos 3 anos dentro do museu...

dentro daquele palácio verde, gigante, lá ao fundo, na foto.
Ora, nós entrámos no Hermitage à borla. Gostei muito do facto de um museu tão bom ser grátis para estudantes, portadores de Cartão Jovem, e outros. Decidimos passar lá dentro toda a tarde, ou o que nos restava dela, menos de 4 horas. Onde eu vi peças do género

Bem, eu também me lembro que a maior parte do tempo que passei neste museu, estive sozinha, apesar de ter entrado com mais 6 pessoas. É que aquilo é tão gigante que uma pessoa nem dá conta de se perder!

si, é o trenó do Pai Natal!! Se alguma vez houve ou existe um Pai Natal, aí está o seu mais bonito trenó!
E assim vos deixo, caros telespectadores. Mais um passeio por S. Petersburgo! até amanhã
(cliquem nas imagens para aumentar. vale a pena)
Se bem me lembro do que dizia o Guide Du Routard, na altura, este é o maior museu do mundo em número de peças. São cerca de 3 milhões. Dizia o guia que se dedicássemos um minuto a cada peça exposta (e nunca estão ao mesmo tempo os 3 milhões) passaríamos 3 anos dentro do museu...
dentro daquele palácio verde, gigante, lá ao fundo, na foto.
Ora, nós entrámos no Hermitage à borla. Gostei muito do facto de um museu tão bom ser grátis para estudantes, portadores de Cartão Jovem, e outros. Decidimos passar lá dentro toda a tarde, ou o que nos restava dela, menos de 4 horas. Onde eu vi peças do género
Bem, eu também me lembro que a maior parte do tempo que passei neste museu, estive sozinha, apesar de ter entrado com mais 6 pessoas. É que aquilo é tão gigante que uma pessoa nem dá conta de se perder!
si, é o trenó do Pai Natal!! Se alguma vez houve ou existe um Pai Natal, aí está o seu mais bonito trenó!
E assim vos deixo, caros telespectadores. Mais um passeio por S. Petersburgo! até amanhã
(cliquem nas imagens para aumentar. vale a pena)
a Rosinha arrasou
Muito se falou neste blog sobre o concerto tão ansiado da D. Róisín Murphy na Casa da Música. E depoi, não dei seguimento à questão. Até parece que não gostei do concerto ou que não houve concerto... Mentira. Houve concerto (com 3 horas de atraso, mas houve) e eu AdOrEi!!
ela confirmou todas as expectativbas que se tinham criado na minha cabeça depois do concerto que vi no Sudoeste (há muito anos, era ainda Moloko). É super profissional (atrasos à parte), nunca desafinando ou saindo do alinhamento. Talvez um pouquinho rígida, nesse aspecto. Mas quando se tem mais de 20 adereços diferentes que quase fazem parecer 20 fatiotas diferentes, é compreensível que quem os usa tenha que manter uma firme disciplina. o concerto foi assim, sempre seguido, quase corrido, sempre afinado. As interacções de Rósín com o público são a forma como se veste e as reacções que isso provoca, como se chega à boca de cena, como faz beicinho...
E um concerto numa sala pequena significa sempre uma intimidade que se gera naturalmente pelso presentes. Fomos lá especificamente para a ver, podía a casa cair lá fora, que nada nos tiraria da mesma sala onde estava Róisín Murphy.
Já a interacção do público com ela foi mais gira, a chamá-la de Rosinha... que queridos!
a Surpresa da noite foi quando a Rosinha cantou "Slave to Love", um original de Bryan Ferry. Eu já gostava do original, mas a versão docinha que a senhora interpreta... é muito boa! E dá alento a um anúncio da Gucci, a um perfume de homem, que estreou recentemente. Aqui fica:
Sobre a Casa da Música, onde nunca tinha ido (além da vez em que fui levantar os bilhetes para este concerto), escreverei mais tarde. Escreveri depois de lá ter iso durante o dia, depois de apreciar verdadeiramente as features do espaço. Mas uma coisa vos digo, a frase daquela noite de Halloween foi: "Os arquitectos quando são bons, são mesmo BONS!", by Lau.
ela confirmou todas as expectativbas que se tinham criado na minha cabeça depois do concerto que vi no Sudoeste (há muito anos, era ainda Moloko). É super profissional (atrasos à parte), nunca desafinando ou saindo do alinhamento. Talvez um pouquinho rígida, nesse aspecto. Mas quando se tem mais de 20 adereços diferentes que quase fazem parecer 20 fatiotas diferentes, é compreensível que quem os usa tenha que manter uma firme disciplina. o concerto foi assim, sempre seguido, quase corrido, sempre afinado. As interacções de Rósín com o público são a forma como se veste e as reacções que isso provoca, como se chega à boca de cena, como faz beicinho...
E um concerto numa sala pequena significa sempre uma intimidade que se gera naturalmente pelso presentes. Fomos lá especificamente para a ver, podía a casa cair lá fora, que nada nos tiraria da mesma sala onde estava Róisín Murphy.
Já a interacção do público com ela foi mais gira, a chamá-la de Rosinha... que queridos!
a Surpresa da noite foi quando a Rosinha cantou "Slave to Love", um original de Bryan Ferry. Eu já gostava do original, mas a versão docinha que a senhora interpreta... é muito boa! E dá alento a um anúncio da Gucci, a um perfume de homem, que estreou recentemente. Aqui fica:
Sobre a Casa da Música, onde nunca tinha ido (além da vez em que fui levantar os bilhetes para este concerto), escreverei mais tarde. Escreveri depois de lá ter iso durante o dia, depois de apreciar verdadeiramente as features do espaço. Mas uma coisa vos digo, a frase daquela noite de Halloween foi: "Os arquitectos quando são bons, são mesmo BONS!", by Lau.
quarta-feira, novembro 12, 2008
São Petersburgo II
Em Junho comecei a publicar as fotografias da visita a S. Petersburgo em Abril de 2007...
Acho que agor é hora de publicar mais algumas!
Comecemos com uma belíssima foto de grupo, tirada em frente à Catedral do Salvador Em Sangue, uma das mais bonitas que vi na vida!!

ora, na fila de trás, começando pela esquerda do observador está um russo, do qual não me lembro o nome. Era o host do hospitality club dos franceses que ocupam a terceira e a quarta posição nessa fila. Entre eles está a Laura, alemã, depois deles o Kê, francês, à frente do qual está a Barbara. Na ponta c'est moi!
na fila de baixo está o Georgios, da Grécia, a Aude, também francesa e o Christian, italiano. Na ponta está o Thom, nosso anfitrião Hospitality Club. Dos melhores hosts que conheci!
notam alguma semelhança entre esta fotografia e esta?? pois é! tirem os russos e fica a equipa maravilha. No Avante alguém se lembrou que estávamos reunidos a "Peterburi team" (Peterbuti é como se diz S. Petersburgo em estonino). e não é que estávamos mesmo...
ora então, esta foto foi tirada em frente a esta catedral

com estes pormenores

em frente à qual eu fico tão bem... =)

Senhores telespectadores, esta foi mais uma viagem fotográfica pelas maravilhosas catedrais de São Petersburgo.
Acho que agor é hora de publicar mais algumas!
Comecemos com uma belíssima foto de grupo, tirada em frente à Catedral do Salvador Em Sangue, uma das mais bonitas que vi na vida!!
ora, na fila de trás, começando pela esquerda do observador está um russo, do qual não me lembro o nome. Era o host do hospitality club dos franceses que ocupam a terceira e a quarta posição nessa fila. Entre eles está a Laura, alemã, depois deles o Kê, francês, à frente do qual está a Barbara. Na ponta c'est moi!
na fila de baixo está o Georgios, da Grécia, a Aude, também francesa e o Christian, italiano. Na ponta está o Thom, nosso anfitrião Hospitality Club. Dos melhores hosts que conheci!
notam alguma semelhança entre esta fotografia e esta?? pois é! tirem os russos e fica a equipa maravilha. No Avante alguém se lembrou que estávamos reunidos a "Peterburi team" (Peterbuti é como se diz S. Petersburgo em estonino). e não é que estávamos mesmo...
ora então, esta foto foi tirada em frente a esta catedral
com estes pormenores
em frente à qual eu fico tão bem... =)
Senhores telespectadores, esta foi mais uma viagem fotográfica pelas maravilhosas catedrais de São Petersburgo.
sexta-feira, novembro 07, 2008
My European Voluntary Service, by Luis Alonso
aqui fica uma entrevista com Luis ALonso, o voluntário espanhol que me sucedeu no meu projecto. Conheci-o em Maio, no intercâmbio que organizei em Portugal. Ele tinha acabado de chegar a Tallinn e um dia depois voou de volta para este lado da Europa. Agora gosta tanto da Estónia que está a pensar ficar mais algum tempo, depois do projecto terminar. Quanto ao projecto tem os mesmos problemas que eu tive... viver com o boss, falta de dinheiro, de planeamento, de directivas... mas a experiênca do voluntariado é mesmo incrível!! e hoje estou particularmente saudosa dos meus amiguinhos!

Luis Alonso, 22 , is an EVS volunteer in Tallinn since March 2008. He is working in a project called "UPDATE", and hosted by the NGO "Youth Union SiiN", during the whole year. As him, tens and tens of volunteers choose Estonia to develop their projects. Here we have a little interview with him some days after his arrival.
Why did you decide to be European Volunteer?
Well, I wanted to do this year some kind of long project as a volunteer. I participated in 3 international workcamps during the lasts years and there were a great and enjoyable experience for me, but I wanted to join in a biggest and longer project, and when I heard something about EVS, I took all the enough information about it, read everything, and I realized that it is an opportunity that you can do only one time in your life, so I think that at my age and in this stage of my life now was the best moment to get involved in a project like this.
I did all the arrangements with my sending organization, and when they asked me about the projects and the countries, I answered that it would be better if I do one project far from my home, so when I saw “Tallinn” , I didn´t hesitate in trying to take this one.
Actually, the most important thing is the project, all of them are interesting, but its has to motivate you a lot, so if the project is very good for you, and you like the place where you do that, the answer is excellent, and your motivation is total. Working in an international atmosphere and multiculturalism are things which I love, and I can feel them and enjoy in this project I have been chosen.
Why this project?
My project is related with media, youth information, and multicultural dialogue. For the beginning we are going to develop a portal (UPDATE project) about youth information , doing also by youngsters, and there they will develop different topics related with youth mobility, the opportunities of going abroad and develop different kind of projects thanks to “Youth In Action Programme”, and so on.
On the other hand , I´m going to organize activities to our youngsters, and I have total freedom to propose new things to do ( It would be interesting something like short films, creative and artisitic expression, cuissine, and so on..) That is another positive point of my project, total freedom to do new things, or things that I could consider interesting, as well as my bosses and the youngsters, obviously.
Other part which is very interesting of my project is the area related with the Intercultual Dialogue. Our organization works very actively in the EU Programme “All different, all equal”, with the participation of youngsters in different seminars related with this topic and organizing them aswell. We want that young people have clearly the meaning that every person is the same as the other without distinctions for any reason; everybody has the same rights, because we are just the same. We are people.
Why Tallinn, why one year?

In my opinion, you know better a place when you are there, living, get into the daily life, knowing people… you can taste the atmosphere much better than if you go only as a tourist during some days. And also you know more about the situation, way of live, of the society in this city, town, country, and so on. You understand much better different situations which couldn´t you know if you are not at the exact place where happens.
One year is the maximum time you can be in an EVS project, and I chose it because we, as a volunteer, have only one chance to do a project like these, so I want to get involved and enjoy it as much time as I can. I read before previous experiences of EVS volunteers in intenet, and really the majority who had 6 months projects finished so happy, but after that time they wanted have chosen a largest project because they were enjoying it so much when it stopped! So I didn´t have any doubt in order to select one year long term project.
What are your feelings here these first days?
About my feelings here in the first days… they are very good.
I arrived to Tallinn, 5 days after it I went to Portugal 8 days in an international youth exchange, and I am again in Tallinn, so sometimes I don´t know where I am, how old I am, or what my name is!!
But by now my adaptation is going well, I´m knowing the city, which is so beautiful!! I´ll discover everything better with the time, and I have taken notes and information about a lot of places and things before my arrival and I want to visit and see here.
Weather is not as cold as I was waiting for… but we are having a strange winter everywhere. Anyway, in one year I will have the opportunity to know better the real Tallinn´s winter, he he.
Furthermore, the city where I am from is colder than the southern cities, so I can adapt myself better, hehe. Even more… I like snow, hehe! And here we have had snow, now sun…. everything is enjoyable!
What about your future expectations?
It´s soon to make a big summarize of my work these first days, I´m just landing! He he. But my expectations are very good, I have met the youngsters I am going to work with, and they are nice, open minded, laborious and funny people! I´m not feeling alone these first days thanks to them and l think we have a very good team work.
People I´m knowing here have a lot of initiative, and they want also make me feel like at home, so it´s grateful! I´m begining to know some volunteers with other projects in the city too, really kind and open minded people, and I will know more in the near future, so think this multicultural and international atmosphere will be possible this year in Tallinn thanks to all I said before. We will know a lot of things about each other cultures, and in my opinion, mixture of all the cultures make to get rich a person more than any money.
Besides, I´m going to learn a lot of new things about media and communications, with the help of the organization and a volunteer who is a professional journalist and will do the project with us. I think that I will contribute to let to our youngsters know new interesting things, but I am sure that they will do the same with me, I will learn a lot of things from them. It will be a big multicultural exchange, which is good for everyone!
Do you miss somebody or something?
Maybe you can miss your friends or family at the beginning, but on the other hand this is an experience which I´ll always remind, an important stage of my life. One year is one year, and I´m beginning to make new friends here and meeting with very interesting people, so I am sure that within one year I will not want leave Tallinn, and I´ll miss all these friends I will make here. But it´s better not to think in the end, I have just arrived!!
What will be different after your EVS experience?
In my opinion, it will be a personal and professional development for me, an important stage of my life. About other volunteer´s experiences, I know that some fears or doubts about what they would be able to do before the EVS disappeared after doing that. They are now ready to do more things in every different aspect. This year of volunteering will be also to get know better myself. When I will return to my country, I will see some things different than before the EVS project, and I will can do or prepare things that I couldn´t do if I were not in a project like this.
algum tempo antes de partir o Luis encontrou este blog na net. Leu o meu relatório final, trocou mails comigo. Eu fui para ele a ajuda que eu tanto quis ter antes de aterrar na Estónia. Temos falado muito, trocado impressões sobre o boss, os miúdos, o projecto, os outros voluntários, o facto de se ser voluntário, etc. Tenho muitas saudades, muitas, muitas... Hoje dói-me o coraçãozinho com saudades dos meus amigos que fiz lá. Como, muitas vezes, me doeu o coração lá com saudades dos amiguinhos de cá! Por falar nisso, em Maio vou viajar. Vou de novo ver (pelo menos) um amigo que fiz na Estónia. Sim, esse mesmo, o Kêlig. O mesmo que já fui visitar à Suiça, um dos que veio cá à Festa do Avante! É complicado ter os amiguinhos a viver longe, pelo menos, enquanto a internet não permite cheiros e toques!
beisicos e anté manhana
My European Voluntary Service, by Luis Alonso

Luis Alonso, 22 , is an EVS volunteer in Tallinn since March 2008. He is working in a project called "UPDATE", and hosted by the NGO "Youth Union SiiN", during the whole year. As him, tens and tens of volunteers choose Estonia to develop their projects. Here we have a little interview with him some days after his arrival.
Why did you decide to be European Volunteer?
Well, I wanted to do this year some kind of long project as a volunteer. I participated in 3 international workcamps during the lasts years and there were a great and enjoyable experience for me, but I wanted to join in a biggest and longer project, and when I heard something about EVS, I took all the enough information about it, read everything, and I realized that it is an opportunity that you can do only one time in your life, so I think that at my age and in this stage of my life now was the best moment to get involved in a project like this.
I did all the arrangements with my sending organization, and when they asked me about the projects and the countries, I answered that it would be better if I do one project far from my home, so when I saw “Tallinn” , I didn´t hesitate in trying to take this one.
Actually, the most important thing is the project, all of them are interesting, but its has to motivate you a lot, so if the project is very good for you, and you like the place where you do that, the answer is excellent, and your motivation is total. Working in an international atmosphere and multiculturalism are things which I love, and I can feel them and enjoy in this project I have been chosen.
Why this project?
My project is related with media, youth information, and multicultural dialogue. For the beginning we are going to develop a portal (UPDATE project) about youth information , doing also by youngsters, and there they will develop different topics related with youth mobility, the opportunities of going abroad and develop different kind of projects thanks to “Youth In Action Programme”, and so on.
On the other hand , I´m going to organize activities to our youngsters, and I have total freedom to propose new things to do ( It would be interesting something like short films, creative and artisitic expression, cuissine, and so on..) That is another positive point of my project, total freedom to do new things, or things that I could consider interesting, as well as my bosses and the youngsters, obviously.
Other part which is very interesting of my project is the area related with the Intercultual Dialogue. Our organization works very actively in the EU Programme “All different, all equal”, with the participation of youngsters in different seminars related with this topic and organizing them aswell. We want that young people have clearly the meaning that every person is the same as the other without distinctions for any reason; everybody has the same rights, because we are just the same. We are people.
Why Tallinn, why one year?

In my opinion, you know better a place when you are there, living, get into the daily life, knowing people… you can taste the atmosphere much better than if you go only as a tourist during some days. And also you know more about the situation, way of live, of the society in this city, town, country, and so on. You understand much better different situations which couldn´t you know if you are not at the exact place where happens.
One year is the maximum time you can be in an EVS project, and I chose it because we, as a volunteer, have only one chance to do a project like these, so I want to get involved and enjoy it as much time as I can. I read before previous experiences of EVS volunteers in intenet, and really the majority who had 6 months projects finished so happy, but after that time they wanted have chosen a largest project because they were enjoying it so much when it stopped! So I didn´t have any doubt in order to select one year long term project.
What are your feelings here these first days?
About my feelings here in the first days… they are very good.
I arrived to Tallinn, 5 days after it I went to Portugal 8 days in an international youth exchange, and I am again in Tallinn, so sometimes I don´t know where I am, how old I am, or what my name is!!
But by now my adaptation is going well, I´m knowing the city, which is so beautiful!! I´ll discover everything better with the time, and I have taken notes and information about a lot of places and things before my arrival and I want to visit and see here.
Weather is not as cold as I was waiting for… but we are having a strange winter everywhere. Anyway, in one year I will have the opportunity to know better the real Tallinn´s winter, he he.
Furthermore, the city where I am from is colder than the southern cities, so I can adapt myself better, hehe. Even more… I like snow, hehe! And here we have had snow, now sun…. everything is enjoyable!
What about your future expectations?
It´s soon to make a big summarize of my work these first days, I´m just landing! He he. But my expectations are very good, I have met the youngsters I am going to work with, and they are nice, open minded, laborious and funny people! I´m not feeling alone these first days thanks to them and l think we have a very good team work.
People I´m knowing here have a lot of initiative, and they want also make me feel like at home, so it´s grateful! I´m begining to know some volunteers with other projects in the city too, really kind and open minded people, and I will know more in the near future, so think this multicultural and international atmosphere will be possible this year in Tallinn thanks to all I said before. We will know a lot of things about each other cultures, and in my opinion, mixture of all the cultures make to get rich a person more than any money.
Besides, I´m going to learn a lot of new things about media and communications, with the help of the organization and a volunteer who is a professional journalist and will do the project with us. I think that I will contribute to let to our youngsters know new interesting things, but I am sure that they will do the same with me, I will learn a lot of things from them. It will be a big multicultural exchange, which is good for everyone!
Do you miss somebody or something?
Maybe you can miss your friends or family at the beginning, but on the other hand this is an experience which I´ll always remind, an important stage of my life. One year is one year, and I´m beginning to make new friends here and meeting with very interesting people, so I am sure that within one year I will not want leave Tallinn, and I´ll miss all these friends I will make here. But it´s better not to think in the end, I have just arrived!!
What will be different after your EVS experience?
In my opinion, it will be a personal and professional development for me, an important stage of my life. About other volunteer´s experiences, I know that some fears or doubts about what they would be able to do before the EVS disappeared after doing that. They are now ready to do more things in every different aspect. This year of volunteering will be also to get know better myself. When I will return to my country, I will see some things different than before the EVS project, and I will can do or prepare things that I couldn´t do if I were not in a project like this.
algum tempo antes de partir o Luis encontrou este blog na net. Leu o meu relatório final, trocou mails comigo. Eu fui para ele a ajuda que eu tanto quis ter antes de aterrar na Estónia. Temos falado muito, trocado impressões sobre o boss, os miúdos, o projecto, os outros voluntários, o facto de se ser voluntário, etc. Tenho muitas saudades, muitas, muitas... Hoje dói-me o coraçãozinho com saudades dos meus amigos que fiz lá. Como, muitas vezes, me doeu o coração lá com saudades dos amiguinhos de cá! Por falar nisso, em Maio vou viajar. Vou de novo ver (pelo menos) um amigo que fiz na Estónia. Sim, esse mesmo, o Kêlig. O mesmo que já fui visitar à Suiça, um dos que veio cá à Festa do Avante! É complicado ter os amiguinhos a viver longe, pelo menos, enquanto a internet não permite cheiros e toques!
beisicos e anté manhana
quinta-feira, novembro 06, 2008
eu é mais comboios
sabiam que se lerem
SOCORRAM-ME SUBI NO ONIBUS EM MARROCOS
da direita para a esquerda, lêem
SOCORRAM-ME SUBI NO ONIBUS EM MARROCOS
eh eh eh
esta frase é um palíndromo que, como nos diz a Infopédia é um número ou frase cuja leitura é a mesma, quer se faça da esquerda para a direita, quer da direita para a esquerda; capicua (Do gr. palíndromos, «que corre para trás»)
. E se em números isto é muito fácil de fazer, numa frase com 6 palavras não deve ser nada fácil. Agora imaginem o cromo que se lembrou disto...
SOCORRAM-ME SUBI NO ONIBUS EM MARROCOS
da direita para a esquerda, lêem
SOCORRAM-ME SUBI NO ONIBUS EM MARROCOS
eh eh eh
esta frase é um palíndromo que, como nos diz a Infopédia é um número ou frase cuja leitura é a mesma, quer se faça da esquerda para a direita, quer da direita para a esquerda; capicua (Do gr. palíndromos, «que corre para trás»)
. E se em números isto é muito fácil de fazer, numa frase com 6 palavras não deve ser nada fácil. Agora imaginem o cromo que se lembrou disto...
quarta-feira, novembro 05, 2008
Hoje, quando acordei, o mundo estava diferente!
Desejo toda a sorte ao senhor Barack -most powerfull man on earth- Obama. Tenho noção que irá desiludir muita gente porque a herança que recebe não é nada fácil. Mas conto com o senhor para melhorar um bocadinho de nada este mundo.
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