A pedido de muitas famílias (e não só da minha, juro!), vou contar-vos o que me aconteceu nos últimos três dias. Mas é tanta coisa, que acho que vou separar isto por temas/posts para não matar ninguem de tédio... (e imagens pelo meio quebra sempre a coisa, rigth?)
de quinta-feira há a reter duas coisas:
1 - fui fazer o meu ID Card ao SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras) cá do sítio. A Maia (boss) foi comigo ou eu fui com ela, não sei... porque até este ponto, tava difícil desgrudar!
Bem, foi um fartote de rir lá no registo à pala da je ser de Pórtugali, como lhe chamam aqui. A senhora nunca tinha conhecido ninguém de Portugal... se calhar achava que eu conhecia um bando de estonos antes de vir para aqui... enfim!
Segundo dilema: o til no "a" do meu último nome... Não existe tal coisa em estoniano... Mas a senhora foi tão querida que lá conseguiu inserir o símbolo correctamente!
(só mais uma igreja, ortodoxa, claro! e um belo bus TAK, qualquer coisa como Tallinna Autobus Kompany...)
2- feito o ID bota pó passe de autocarro que também dá para os trams, uma espécie de eléctricos (mas sem a piada nem a pinta do 28). E é assim: esta gente é tão civilizada ou tão pouco esperta que ninguém mostra o passe ao motorista ao entrar, nem se tem que picar em lado nenhum... Ou seja, só se mostra o passe se o pica o pedir. (Um parêntises para dizer que os picas sao os Falkon, como se pode ler nos seus uniformes pretos e verlmelhos. São os mesmos gajos que controlam o estacionamento pago. Estacionamento este que se pode pagar nas convencionais máquinas ou através de sms, sem papel nem moedas!!)
Nas paragens, os autocarros param sempre, mesmo que ninguém pressione o botão stop. Abrem-se todas as portas (sim, porque aqui são os bus são quase todos daqueles com um fole no meio) e a malta entra, por trás, pela frente, pelo meio... E, mais incrível ainda, vai tudo em silêncio absoluto! Nem as crianças falam! É surreal!! As únicas pessoas que se ouvem a falar nos autocarros são estrageiros ou russos (um dia dedicarei um post à situação dos russos aqui e porque não os considero estrangeiros...), mas mesmo os russos... é raro falarem e fazem-no baixinho. E se a malta vai na amena cavaqueira, tipo normal, a rir e tal... tá aqui tá a ser olhada de lado!
(pelo que percebi é uma espécie de registo civil ou notário ou assim uma cena. Anyway, o edifício é potentíssimo. se clicarem na foto vão perceber melhor!)
3- a coisa mais importante do dia: ir a uma associação parceira da nossa para conhecer um voluntário italiano que está cada desde Setembro! Estava mesmo em pulgas por conhecer outros voluntários, então um latino... Brutal! O moço de italiano tem pouco a não ser a maneira de falar. Chama-se Christian e é tão louro como muitos estonos, tem os olhos azuis e é um porreiro! Convidou-me logo para participar na International Evening, para fazer uma apresentação sobre Portugal. ok!! Depois covidou-me para sua casa, jantar, conhecer outros voluntários! Obrigada Christian!!!
A Maia e o Igor (head boarder da minha organização) quiseram vir também, assim para dar um check it out... =/ A verdade é que como sou a primeira voluntária que a organização acolhe, não sabem bem o que hão-de fazer comigo... Handle with care!!! Então quiseram falar com outros voluntários, ver como vivem... para ver o que se pode fazer comigo! Mas, ok. 15 minutos depois já tinham ido embora e eu fiquei com o Christian (Itália), o Iorgus (Grécia), a Lena e a Lécia (Ucrânia). São todos uns fixes, ou assim parece! depois chegou uma rapariga estona que fala russo (normalíssimo por aqui). Muito querida tmbém esta Helga ou Elga... Ela e a Lena levaram-me de volta a casa, porque não queriam que eu me perdesse.
Tinha todos os factores possíveis para me perder, realmente: ainda não tinha andado sozinha de autocarro aqui, ou seja, só tinha uma ideia de qual era a paragem correcta; estava escuro como breu, com depois das 4 da tarde; é preciso atravessar uns 50 metros de floresta (sim, de floresta, mesmo); nunca tinha ido para casa por aquele lado da cidade, sempre pelo outro... bem, as miúdas foram mesmo queridas, levando-me mesmo quase até à porta!
(só uma esquina como tantas outras em Vanna Tallinn, que é como quem diz: na cidade velha. eu cá acho bem bonito!)
sábado, janeiro 20, 2007
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1 comentário:
No meio da floresta...
ihihih lá vai o capuchinho tripeiro rua abaixo...
O lobo Mau que se ponha a pau!
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